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sábado, 31 de agosto de 2013

Os inadaptados.

Quem não se consegue adaptar às novas tecnologias muito dificilmente se consegue adaptar ao mundo actual. E nesta matéria quem não muda, não tem grandes chances no actual mundo em constante mudança.

Ainda não consegui perceber a mentalidade e o comodismo de muitos que não fazem um mínimo de esforço para aprenderem e adaptarem-se aos tempos actuais.

Ainda é normal encontrar pessoas que quase tem um colapso, cada vez que se tem que confrontar com um multibanco ou que conferem com um lápis a soma da maquina de calcular.

Muitos resistem e são muitos os que desistem. Com receio de serem ultrapassados nos empregos pelos colegas dos filhos, negoceiam a saída da sua actividade profissional ou os que tem possibilidades antecipam a reforma.

São aos magotes, muitos na casa do cinquenta anos, e é vê-los por ai em mesas de cafés a lerem a Bola ou em caminhadas para manterem em forma o corpo, já que não o conseguiram fazer ao cérebro.

Mas o que me tira do serio e me põe fulo são os que começam com conversas saudosistas e com a lenga-lenga de que antigamente é que era bom.

Sou dos que penso que antigamente só a minha memória é que era boa.
Hoje é bom e amanhã será melhor.

E quem não pensa assim, foi porque não teve filhos antes de terem inventado a fralda descartável, que para mim foi logo a seguir à invenção da roda, a segunda maior invenção da humanidade.

Tenho dito.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Talvez seja a minha reforma dourada.

Perfaz hoje 164 dias desde que publiquei aqui primeira parvoíce.
Os namoros de verão não costumam durar tanto tempo.

Esta parva actividade, ocorreu-me na manhã do dia seguinte a uma consulta médica, onde o meu médico me diagnosticou um leve stress e me aconselhou a iniciar um hobby para espairecer as ideias, e tirar a ideia maluca de fazer um retiro espiritual na Birmânia. 
Geralmente é de manha que tenho as melhores ideias, talvez por chegarem cedo ao cérebro e não precisarem de irem para a fila onde estão as preocupações e os afazeres do dia.

Passados alguns dias, penso que devido ao enorme êxito do meu desvario internauta, comecei a ser insistentemente convidado por uma participada da Google a ceder algum espaço no iMealhada para publicidade, com a promessa de um alto rendimento.
Acedi ao fim de algumas insistências (mais precisamente à segunda vez) e a pensar na minha dourada reforma, numa cabana à beira mar num qualquer paraíso tropical.

E hoje sem aviso prévio lá estava no meu extracto bancário a primeira tranche do rendimento publicitário do meu hobby.

Nem queria acreditar na minha sorte, mas agora estou a ficar preocupado.
Será que as finanças terão acesso a este rendimento? Serei obrigado a colectar-me? Terei que passar um recibo? Este rendimento está sujeito a IVA?

Amanhã vou falar com um advogado para saber como abrir uma conta offshore e transferir para lá os 0,18€ e dar instruções para as restantes tranches serem para lá transferidas directamente.

Já me estou a imaginar num alpendre de uma cabana numa praia no Hawaii.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Olé

A minha luta incessante contra a preguiça dos meus intestinos obriga-me a longos períodos de imobilização, que é colmatada com a leitura de tudo o que está no meu raio de alcance.

Já pensei seriamente em instalar uma sanita na minha biblioteca ou transformar a casa de banho em biblioteca, e se a ideia ainda não avançou foi porque as negociações com os restantes residentes estão num impasse.

Hoje matei o tempo com a ultima edição do JM.
Começo sempre a leitura da ultima pagina para a primeira. Não me perguntem porquê mas no que respeita a jornais sempre assim foi. E leio tudo, anúncios, cabeçalhos, publicidade, necrologia, editais, convocatórias, ou seja tudo o que está impresso e seja legível.

Nas ultimas edições como não tem havido grande matéria desportiva o espaço é ocupado pelo campeonato das eleições autárquicas, cujas duas principais candidaturas ocupam duas paginas cada.

Chegado às paginas dos cronistas de serviço, que como aqui já escrevi escrevem sempre o mesmo, verifico que o Dr. Rui Marqueiro não contente com as duas paginas que a sua candidatura ocupa, resolve juntar-se ao grupo dos simpáticos marretas para atiçar o candidato Gonçalo Louzada.

Tanto quanto me apercebi é a segunda investida, mas aparentemente sem qualquer reacção do destinatário.
Como grande animal politico que é, conhece os truques todos. Como diria a minha avó é mula velha.

Na pratica a táctica é a mesma que é utilizada na tauromaquia, que consiste em atiçar o touro, para ele tresloucado investir e sujeitar-se a levar com um par de bandarilhas, e ouvir uns sonoros olés.

A coisa promete.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Por favor não emigrem..

Por favor não emigrem que vamos arranjar emprego para todos.

Era isto que o nosso primeiro-ministro devia ter dito na vez de ter mandado o pessoal emigrar.

Mais, devia propor a alteração da Constituição da Republica no sentido de ficar consagrado na lei fundamental, que por cada licenciado de fresco que não conseguisse uma colocação no mercado de trabalho, o governo devia de imediato criar um emprego condizente com a sua licenciatura.

Mesmo assim tenho dúvidas de que os queixosos ficassem contentes, porque por norma são contestatários, e só por dois motivos: por tudo e por nada.

Falo com conhecimento de causa, ou seja já fui jovem.




Agora vou tentar ser sério qb (para aqueles que não perceberam que estava a reinar).

O elevado desemprego de jovens licenciados parece que surgiu do nada e que agora tem que ser resolvido urgentemente com artes mágicas.
Muito boa gente à muito que vem alertando para a situação e toda a gente tem vindo assobiar para o lado. Ou seja tem-se produzido muito doutor, mas na mesma proporção tem-se destruído o tecido empresarial nacional (se desenvolve-se esta frase tinha matéria para 333 postes).

O certo é que agora passou a ser um tema querido aos candidatos autárquicos de todo o país e como não podia deixar de ser também do nosso concelho. Inicialmente foi o candidato Gonçalo Louzada a mostrar interesse pelo assunto e agora o candidato Rui Marqueiro, mas por interpostos apoiantes.

Não me parece seja por estar em moda, mas sim por se tratar de um assunto que toca a um grande nicho de mercado eleitoral.

Remetendo o assunto para o nosso concelho, acho estranho o súbito interesse do candidato Rui Marqueiro por esta temática. O problema é antigo e já se punha na altura em que ele era presidente da câmara municipal, e com a exceção da criação da escola profissional, não lhe vi nenhuma outra ação de relevo para a dinamização empresarial no concelho.

Único executivo que parece que acordou (tardiamente e na minha opinião mal) para a necessidade de revitalizar a economia do concelho, foi a do Prof. Carlos Cabral com a criação da marca das IV Maravilhas e a criação da zona industrial da Pedrulha. E sobre esta infraestrutura estranha-se o facto de só agora ter sido implementada, ao fim de mais de 30 anos da abertura da Autoestrada A1.
Penso que deve ser caso único a nível nacional. Enquanto outras autarquias reclamavam um acesso à A1 para terem um acesso rápido às suas zonas industriais (casos do Cartaxo, Soure e Anadia), a Mealhada teve uma zona privilegiada às moscas.

Resumindo, em matéria de atração de investimentos de capital e consequente criação de emprego os executivos camarários, pouco ou nada fizeram. A política que genericamente tem sido seguida, tem sido no sentido de criar infraestruturas de lazer e bem-estar por todo o concelho e quanto ao ganha-pão, o pessoal que procure nos concelhos limítrofes.

Os resultados estão à vista e os mais notórios, foram transformar o concelho para a maior parte dos residentes num dormitório e para gáudio de muitos, ter a câmara municipal como a maior empregadora no concelho (uma organização que vive dos dinheiros públicos).

Por isso meus amigos, a solução a curto prazo é de facto a apontada pelo primeiro-ministro ou seja, as ofertas superam largamente as necessidades e/ou possibilidades do mercado de trabalho, pelo que a solução é mesmo ir procurar lá fora.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Tachos e panelas...

Localidade de Antes, aproximadamente 16 horas,  num dos cafés da localidade, acompanhado pelo casal que nos últimos anos me convida para uma chanfana em honra do santo da terra, bebo a bica com o respectivo "cheirinho", para melhor dissolver o farto almoço.

Numa mesa ao lado, um grupo de sete indivíduos falam animadamente sobre a campanha para as eleições autárquicas. Só falam sobre os candidatos Rui Marqueiro e Gonçalo Louzada que de algum modo têm uma ligação à terra, e pura e simplesmente, ignoraram os outros dois candidatos. Presumo que até alguns deles desconheçam que existem mais dois candidatos.

Senti da parte de alguns, um certo orgulho de a terra ter, de alguma forma,  ligações aos candidatos. Também foi mencionada a filha da terra, a Eng. Arminda, que também disputa um lugar no executivo e que alguns deles prevêem ser a futura candidata à Presidência do município.

Um dos temas de que mais falaram, com algumas reprovações pelo meio, foi a dos tachos que o eleito Presidente terá para oferecer aos amigos (de ocasião).

Ainda não me tinha ocorrido, nem tinha visto a coisa desse ângulo. De facto, não se tratam só dos apetecíveis lugares da vereação a tempo inteiro, existem outros lugares que vão ter que ser preenchidos brevemente, como são os casos do Presidente da Fundação do Buçaco e a do Director da Escola Profissional.

À falta de um baralho de cartas, eles lá foram jogando com nomes para os lugares, mas sempre com vários cenários que dependem dos resultados eleitorais.

Mas o que mais me surpreendeu, foi um dos nomes avançado para possível Director da Escola Profissional da Mealhada.
Será que o apoio de um dos vira casacas do PSD que fazem parte da comissão de honra tem alguma coisa haver??

A ver vamos...........mas aceito desde já, apostas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Curiosos


Isto de escrever aqui na blog-esfera é muito fixe.

Os meus leitores não são de grandes comentários, mas não se inibem de me enviarem uns mails simpáticos e outros menos simpáticos.

Na sua maioria parece-me que até se dão ao trabalho de criar endereços de email para o efeito.

Um dos últimos que recebi, que me parece ser de uma senhora bastante simpática e curiosa, solicita-me que me identifique porque, passo a citar "tinha curiosidade de conhecer esta personagem tão bem disposta".

Mas na maioria são mails oriundos de curiosos que tentam adivinhar se sou o tipo X da Pampilhosa, ou tipo Y do Luso, ou o ex dirigente do partido W, ou o rival do líder do partido T.

Perante estas curiosidades cumpre-me informar o seguinte:

- De momento e espero que por muito mais tempo, não estou disponível para baldas, ou seja mantenho um compromisso amoroso assumido à largos anos e estou muito bem.
E mais não digo, mas aconselho a minha estimada leitora que procure nos classificados do Correio da Manhã o pessoal que por lá se encontra disponível para umas baldas.

- Até agora ninguém acertou, pelo que deixo aqui umas dicas para saciar os zandingas internautas.
Já algum tempo que não estou vinculado a nenhum partido porque a alma caridosa que me pagava as cotas aparentemente optou por gastar o dinheiro em coisas mais úteis, pelo que de momento no aspecto partidário estou solteiro.
No fundo do fundo, o meu arco ideológico vai da extrema esquerda à extrema direita. Consigo descobrir virtudes e defeitos em todas as correntes.
Mas sou fundamentalmente um democrático não praticante. Sou daqueles que acho a democracia o máximo, enquanto são os outros a pagar, quando chega a minha vez, a modos que a democracia perde todo o encanto.

As Obras que urgem

Estamos na recta final da pré-campanha e continuam só dois candidatos a dar o ar da sua graça. Os candidatos da CDU e do BE ausentes em parte incerta, ainda devem estar em banhos.

Nesta altura é preocupante a falta de informação por parte dos candidatos da forma como vão gastar o nosso (de alguns melhor dizendo) dinheiro que nos é sacado através dos impostos e taxas.

A informação que já existe é insuficiente e de modo algum satisfaz as legitimas aspirações do eleitorado Mealhadense.

O Dr. Rui Marqueiro não sei se pelo cansaço de tanto calcorrear o concelho e arredores não tem tido discernimento mental para propor grande coisa. Até agora que eu tenha conhecimento só prometeu duplicar as verbas para a cultura e como o seu programa eleitoral está escrito em latim, desconheço se tem mais alguma coisa na manga.

O Gonçalo Louzada fica-se por duas propostas para consumir os nossos queridos impostos, a criação de uma rede de transportes públicos e a criação de uma incubadora de empresas.

Mas convenhamos, é muito pouco o que nos é prometido para a grandiosidade do nosso concelho, até porque são os próprios a escrever que o nosso concelho tem todas as condições a aspirar ser o melhor lugar da terra, quiçá, até aspirar a ser capital do país, mas no entanto não avançam com grandes projectos.

Depois de muito ponderar, resolvi aqui propor algumas ideias de obras que penso que relançariam de vez o concelho na crista da onda do progresso, inovação e outras coisas tais.
Com a sua concretização tenho a certeza que elevaríamos a um grau tal de desenvolvimento que poderíamos aspirar a tornarmos-nos independentes deste Portugal cinzento.
Algo parecido com a Madeira do meu ídolo Alberto João jardim.

Então vamos lá:

1º proposta

A construção de um castelo.
Quando criança fiquei com um trauma de ter nascido numa terra que não tinha nenhum castelo (nem nada parecido) por perto. O meu pai para me contentar várias vezes me levou a visitar vários castelos por esse país a fora.
Ainda hoje mantenho o fascínio por castelos e na minha opinião um castelo engrandece qualquer terra, pelo que não consigo perceber como é que até hoje nenhum presidente da câmara da Mealhada tenha mandado construir um.
Trata-se de uma construção barata, basicamente feita com uns pedregulhos amontoados e de acabamentos simples e sem grandes luxos. Não tem casas de banho, instalações eléctricas, esgotos ou qualquer outra modernice exigida às construções modernas.
Por exemplo, o dinheiro que foi dado pelo IVV tinha dado para construir um castelo à maneira e assim na vez de umas instalações manhosas e cheias de material ilegal apreendido pela ASAE tínhamos um ex-libris que daria para muita coisa, como por exemplo os putos brincarem às guerras com espadas, organizarmos uns carnavais mediáveis, os marialvas da terra fecharem as donzelas nas torres, etc, etc.

2º proposta

A construção de um braço de mar até ao atlântico.
Depois do castelo o meu fascínio vira-se para o mar. Segundo os entendidos o mar já foi em tempos o precursor dos nossos tempos áureos e agora apresenta-se como uma grande fonte de oportunidades. Além disso é imenso (19 vezes o tamanho do território nacional) e é extremamente injusto só algumas terras beneficiarem da costa marítima. 
Não é necessária grande tecnologia e investimento para se fazer uma vala de tamanho razoável até à Figueira da Foz e até se podia aproveitar o trajecto da linha férrea desmantelada da Pampilhosa/Figueira da Foz.
Assim, poupava-se nas expropriações de terrenos e a Pampilhosa ficava com mar à porta e que tanta falta lá faz ao campeão de pesca desportiva. O homem na vez de ter que ir de carro para a pesca arrancava logo de traineira da marina da Pampilhosa.

3º proposta

A construção de um casino
O Luso já tem um edifício que ostenta o nome, mas no entanto parece que nem à sueca lá se pode jogar.
Não á muito tempo eram muitos os locais por este concelho fora que abrigavam o pessoal para grande jogatanas pela noite dentro. Actualmente os locais escasseiam e com isso os aficionados desta nobre actividade tem que se deslocar para outras paragens com claros prejuízos para a economia concelhia.

4º proposta
A construção de uma Praça de Touros.
O meu avô falava constantemente de uma praça de touros que existiu na sede do concelho e que por motivos desconhecidos foi desmantelada, portanto não é de todo descabida a sua construção. Se não temos, já tivemos touros e toureiros cá na terra. A sua construção é sem duvida uma necessidade e a sua utilização poderia albergar alem de touradas propriamente ditas, outros eventos como por exemplo espectáculos (o José Cid gosta imenso de actuar em praça de touros) e também seria o local ideal para a realização das Assembleias Municipais mais quentes.

Estas quatro propostas são uma pequena parte das muitas ideias que a minha fértil mente germina e que tenho vindo a registar na esperança de ser convidado a encabeçar uma lista candidata aos Paços de Concelho. Como até ao momento não fui convidado e não vejo jeito disso acontecer, partilho-as para ver se tem algum uso útil.

Sim eu sei que são óptimas ideias, mas outras haverão por ai à espera de serem partilhadas.

Por isso peço a colaboração de todos os meus leitores a participarem para aqui com ideias de obras e iniciativas que achem de necessidade absoluta para o nosso concelho.

Com a participação de todos, vamos transformar o nosso concelho num paraíso comparável à Quinta da Marinha e para que possamos fazer como o Portas fez para Portugal.
Criarmos o nosso Golden Visa e quem quiser vir viver para o nosso concelho tem que pagar uma pipa de massa.

Vamos lá pessoal toca a puxar pela mona e fica a promessa de que se forem muitas as ideias, lançarei aqui uma sondagem para escolhermos as melhores ideias.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Os Eleitos (VI)

Depois do novato candidato Gonçalo Louzada tentar recolher o mais alargado espectro de ideologias, o seu rival contrapõe com a recolha de uma data de declarações de apoio.

O candidato descoberto e proposto pelo conclave do PSD por não querer ficar amarrado ao partido (actualmente na mó de baixo), tratou de recolher apoio de tudo o que era partido politico disponível.
Para encaixarem tudo no boletim de voto, o símbolo do PSD vai ficar indecifrável.

Meter no mesmo saco PSD/CDS-PP/PPM/MPT parece-me que é votar "numa Maria vai com todos" e não faz qualquer sentido para uma candidatura autárquica. 

Num olhar mais atento, torna-se claro que a candidatura é orientada e dirigida pelo PSD concelhio e os restantes partidos só servem para adornar o ramalhete. 



Por sua vez, o candidato (de parte) do PS opta por recolher declarações de apoios.

Com excepção da Comissão de honra, que tem alguma gente estranha ao PS, as restantes declarações de apoio vêem de malta afecta ao PS e/ou fazem parte das listas, e tem como único objectivo fazer passar para a rua, a ideia de que o líder é o maior, consensual e incontestável.

Diz o meu primo Zé Lérias que estas declarações, que vão continuar a sair às mijinhas, estão atiçar alguns descontentes que ponderam vir para a praça publica declarar porque é que não apoiam o Dr. Rui Marqueiro.

Fica no ar alguma estranheza do porquê de tanta necessidade de se justificarem.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Os Eleitos (V)

A pré-campanha para as eleições autárquicas do concelho está em "banho de Maria".

Esperava mais frison.

Com excepção do Dr. Rui Marqueiro os outros candidatos a modos que parecem andar desaparecidos.
Por isso e contra os meus princípios básicos de mal dizente só vou escrever sobre quem alguma coisa vai fazendo.

O Dr Rui Marqueiro e companhia Lda, andam numa roda viva, não há beco ou travessa do concelho que não seja calcorreada e até já se dão ao luxo de visitar empresas dos concelhos vizinhos.
Com o andar da carruagem os outros candidatos se lhe quiserem seguir os passos, vão ter que o fazer de bicicleta, porque começa a escassear o tempo para percorrerem os mesmos kms que o baixinho.
E tudo devidamente documentado com fotos no facebook.
Segundo parece já existe muito boa gente a queixar-se da lentidão do facebook e culpam a grande quantidade de mega-bytes de tralha que a pagina da candidatura do PS alberga.

A mim parece-me que o homem quer deixar de ter o aspecto do Obelix e chegar às eleições com o aspecto do Asterix.

Se assim for, faz muito bem. Força.

Mudando de assunto.
Diz quem sabe, que nos Paços do Concelho o actual executivo anda numa azafama para deixar a casa arrumada. Aparentemente, estão com receio que ganhe o Dr. Rui  que tem sido o maior critico à actual gestão.

Pelo sim ou pelo não, o Professor aproveitou actual remodelação da Avenida da Estação e mandou substituir e aumentar o diâmetro do colector de esgotos que recebe a porcaria que por lá se faz.
Segundo parece está com receio que a partir de Outubro se faça por lá muita mais me*da (ainda dizem que o homem não tem visão).

Ultima nota de relevo vai para as ilustres personalidades do concelho que agora aparecem apoiar a candidatura do Dr. Rui Marqueiro.

Destaque para o Exc. Senhor Presidente da Casa dos Pobres do concelho e para o Ilustre representante dos industriais e comerciantes do município.

Ambos oriundos do conclave do PSD e que nas ultimas eleições estiveram ao lado do literalmente grande César Carvalheira, que concorreu pelo PSD contra o Carlos Cabral, que ganhou as eleições (des)apoiado pelo actual candidato Rui Marqueiro do PS (se acha confuso leia outra vez).


Se existisse um concurso para "troca tintas" estes tinham sérias hipóteses de ganhar o primeiro prémio.

O meu primo Zé Lérias anda preocupado com estas transferências porque diz que são pessoas que não dão ponto sem nó. 
Também me mete uma certa confusão como pessoas tão ilustres e com tão altos cargos se metem nestas touradas?


Porque será?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Telhado de Vidro

Não consigo ler um jornal ou revista, ver e ouvir televisão, jantar com os amigos sem levar com o tema da crise.

Parece que o país está para acabar e as soluções possíveis são emigrar ou ficar e morrer à fome.

É quase unânime que os culpados desta desgraça é a classe política que nos têm governado e já não se conseguem arranjar adjectivos para os qualificar.

Mas afinal de onde vem os políticos? São vírus? Fantasmas? Extraterrestres? Representantes do demónio?

Na minha opinião, a classe política é simplesmente o espelho do nosso país.

Afinal do que nos queixamos?

São maus gestores?
Se olharmos à nossa volta temos pessoas (alguns até nossos conhecidos e amigos) que foram eleitos para associações e assumiram compromissos que depois não cumpriram e deixaram grandes encargos para quem lhes seguiu.
Por exemplo, a Adega Cooperativa da Mealhada é um bom exemplo de uma má gestão de algumas pessoas e em certos períodos, que a levou ao estado de penúria em que agora se encontra.
Mas também podemos referir algumas direcções de clubes desportivos do concelho. E muitas outras situações de má gestão que muitos cochicham mas que ninguém se atreve a falar publicamente.

São corruptos e tapam os olhos à fuga de impostos de alguns amigos?
O estabelecimento do meu amigo X onde diariamente tomo o café nunca regista a minha despesa. O mecânico que me trata do carro também nunca me passou nenhum recibo. O barbeiro onde corto o cabelo idem.

Facilitam o compadrio e as cunhas?
Conheço pouca gente que em momentos de necessidade não procure "o amigo de ocasião" para meter uma cunha.
Afinal para que servem os amigos?
Quem é que já não pediu um emprego para um familiar? Ou um fechar de olhos a uma autoridade? Ou uma ajuda para uma consulta no hospital?

Têm falta de ética e carácter?
Ui, isso é o que mais existe à nossa volta.
Vejam as actuais listas de candidatos autárquicos do concelho e seus apoiantes. Irão encontrar indivíduos que hoje concorrem por uma cor e em eleições anteriores concorreram por outra cor. Irão encontrar indivíduos que noutras eleições apoiavam candidatos de um partido e agora apoiam candidatos do partido adversário. Irão encontrar um individuo que em eleição anterior era braço direito de um candidato do partido X e agora apoia o candidato do partido Y. E por ai adiante 

E podia estar aqui infinitamente a dar imensos exemplos.


Concluindo, deixemo-nos de queixumes porque bem vistas as coisas, até estamos muito bem representados pela nossa classe politica.

domingo, 18 de agosto de 2013

Coisa de machos??

Começo de uma nova temporada futebolística e com isso a transmissão em cata-dupla de jogos de futebol.

Confesso que nunca fui muito dado a futeboís.

Nunca achei grande interesse ver 22 gajos todos suados atrás de uma bola e que festejam golos pulando uns para cima dos outros, abraçam-se, beijam-se e apalpam os rabos uns aos outros. 

Na melhor das hipóteses fazem umas coreografias meias amaricadas.

Por isso na escola os meus colegas chamavam-me menina, só pelo simples facto de enquanto eles corriam todos atrás de uma bola, eu preferia partilhar actividades com as meninas.

De facto sempre gostei mais de partilhar um balneário com as beldades das minhas colegas de que com os broncos dos meus colegas.

Ainda hoje não percebo porque é que a minha mulher aceita que eu subscreva os canais da Sport TV e não me deixa subscrever o canal da Playboy, que ainda por cima é mais barato.

Só posso concluir que o futebol foi invenção de algum homossexual frustrado e ao contrario daquilo que possa parecer, é incentivado pelas mulheres.

Elas incentivam tudo o que arrede os nossos olhos de mulherio alheio.


Peço desculpa mas vou ter que ficar por aqui sobre a minha teoria, porque vai começar na Sport TV (em diferido) um jogo de Voleibol feminino de praia.

sábado, 17 de agosto de 2013

Descompliquem


Nunca fui, não sou e não quero ser um daqueles intelectuais que fazem grandes discursos cheios de metáforas e escrevem coisas só possíveis de se perceber com consultas a um dicionário e/ou uma enciclopédia.

Por isso fujo de certo tipo de arte.
Sinceramente para mim é uma perca de tempo estar a tentar perceber o que um qualquer lunático quer comunicar, quer seja na escrita, pintura, escultura, cinema e afins.

Penso que nos dias de hoje ninguém se atreve a escrever uns Lusíadas, porque o pessoal tem mais que fazer e muito menos paciência para se meter em tal aventura. Esta como outras grandes obras só foram feitas porque o pessoal na altura não tinha mais nada que fazer e tinham que matar o tempo de alguma maneira.
Hoje quando se quer escrever algo mais complicado faz-se umas palavras cruzadas no jornal.

Não é que tenha qualquer coisa contra os intelectuais, porque até admiro (alguns) os verdadeiros, o que me provoca uma certa urticaria são os que tem a mania que o são e não passam de uns analfabetos (como eu) mas convencidos de que pertencem a algum clube de pensadores elitistas.

O homem tem evoluído (e bem) no sentido de eliminar o que não interessa e tem criado ferramentas para tornar a vida mais fácil, por isso não faz qualquer sentido fazerem-nos perder tempo.
Quem quer comunicar algo que o faça de forma rápida e compreensível.

E toda esta lenga-lenga para enquadrar o seguinte:

1º situação:
Recentemente, por mero acaso (e também por curiosidade), assisti num tribunal à leitura de uma sentença (não sei se será este o termo jurídico correcto).
O juiz esteve aproximadamente meia hora a ler o documento, debitando um palavreado cheio de legislação, numa entoação agressiva, pelo que pensei que o réu iria bater com o costado nos calabouços da penitenciaria durante uma boa temporada. A leitura foi de tal modo longa que a partir de certa altura deixei de tentar perceber. Para mim, e aparentemente para quem assistia ao ritual, o juiz estava a falar em latim ou numa outra língua esquisita
Quando acabou a leitura, deu a sessão como encerrada, levantou-se e foi-se embora (aparentemente não havia direito a perguntas).
Para tentar perceber a conclusão daquele palavreado todo, fintei o réu que que estava com uma cara de palerma e de varias cores, e só normalizou quando o seu advogado com um aperto de mão lhe disse que desta ele estava safo.

Pergunto, não seria mais pratico e rápido, o juiz ter dito logo qualquer coisa como:
"Sr. fulano tal" pelo que fez o sr. devia ir para a pildra durante x anos, mas como é um gajo porreiro, desta vez a coisa passa, mas para a próxima a coisa fia fino.
Agora ponha-se andar e não o quero ver mais aqui"? 

2º situação:
Recebi esta semana uma resposta das Finanças a um pedido que fiz por escrito e entreguei em mão na repartição da minha área de residência. Saliento o facto de o meu pedido ser expresso numa frase de 3 linhas que ocupava uma parte insignificante de uma folha A4.

Obtive como resposta uma carta de 2 folhas A4, cheia de palavreado que me remetia para uma serie de decretos-lei e portarias.
Li e voltei a ler e fiquei a saber o mesmo.
Não tive outro remédio que me pôr a caminho e ir à repartição ouvir de viva voz, algo que fosse perceptível pelo meu burro e cansado cérebro.

Teria sido muito mais fácil o Dr. que escreveu a missiva ter escrito:
Meu caro contribuinte ou paga a bem ou paga a mal.

3º situação e ultima:
Remete-me para os cronistas de serviço do nosso Jornal da Mealhada.
Não sei se por serem sempre os mesmos ou os temas serem invariavelmente sempre os mesmos, a cada edição fico sempre na duvida se já não li a mesma cronica em anteriores edições.
Para demonstrarem o asco que tem aos políticos que nos governam e/ou estão na oposição, usam uma escrita cheia de adjectivos complicadissimos e de um cinzentismo atrós. Chego a temer pela saúde mental de quem escreve aquelas cronicas. Para eles está tudo uma desgraça, a cada esquina existe um  politico corrupto, na assembleia da republica existem mais ladrões do que na penitenciaria de Coimbra e por ai adiante...

Penso que seria mais simples que escrevessem que os políticos "Tal, e tal e tal" são uns corruptos e ladrões, e por isso deviam ir todos para o carl***** e levar no c*.

Por favor não compliquem o que é simples.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Luso "Sempre"




O Luso anda um reboliço mas nem por isso está na moda.

Faço parte dos "Betinhos" (como aqui já li) que chegado o verão subiam até ao Luso, para se alojarem em casa de amigos ou de familiares para veranear naquela estância, mas sem pôr os pés nas termas.

Os dias, invariavelmente, eram passados na piscina do Grande Hotel (para grande desassossego dos funcionários do Hotel e hospedes) e as noites nos recantos que o Luso oferecia para namoricos e outras coboiadas próprias da juventude da altura.

Hoje continuo a frequentar o Luso onde mantenho grandes amizades dos ditos tempos de juventude
e por isso tenho acompanhado o constante declínio a que o Luso se tem sujeitado. Muitas têm sido as razões e constantemente são apontados responsáveis pela situação a que o Luso chegou, mas na minha singela opinião, os maiores culpados são os Lusenses.
Já aqui escrevi que não são os maiores, nem os mais fortes que sobrevivem às crises. Os que sobrevivem e permanecem são os que mais depressa se adaptam.

Mas não só.

Para quem não sabe os (alguns) Lusenses é que tem de uma forma indirecta escolhido os Presidentes da Câmara Municipal.

Não estão a perceber mas eu explico.

O conclave (ou seja os militantes) do PS é composto maioritariamente por Lusenses. Diz quem sabe, que os militantes do PS do Luso é que decidem em caso de votação. Se duvidam perguntem ao Sr. Eng. Jorge Franco que já o sentiu na pele, no ultimo sufrágio para a escolha do candidato à Câmara Municipal.

Resumindo e traduzindo por miúdos, quando não há uma ordem expressa do Largo do Rato (como foi o caso das ultimas eleições autárquicas de 2009) são os militantes do Luso, comandados pelo meu amigo e camarada Jorge Carvalho*, que decidem quem é o eleito.
Assim, presumo e concluo, que se os executivos camarários do PS que tem sido responsáveis pela governação do concelho nos ultimas anos  não fizeram o que deviam pelo Luso, os Lusenses só se tem a queixar dos militantes Lusenses do PS que os escolheram (fácil, 2+2=4).

É caso para dizer que “Santos da casa não fazem milagres”.

* (PS) Segundo me disseram o nosso amigo e camarada Jorge Carvalho anda desolado, pelo que não posso deixar de aproveitar a oportunidade para desejar que se recomponha rapidamente.

Todos sabemos que a vida não tem sido simpática com ele e segundo consta depois do imenso trabalho que teve para conseguir eleger o Dr. Rui Marqueiro como candidato do PS às próximas eleições autárquicas o agradecimento foi um chuto no c* (nem um lugar de suplente, nem mesmo para a comissão de honra).


Paradoxos (I)




A minha sobrinha sem aviso prévio*, informou de véspera os pais que iria sair de casa para ir viver com namorado.

Sinais dos tempos.

Não à muito tempo uma rapariga de família não saia de casa sem primeiro passar pelo altar vestida de branco. 

Segundo o INE, tal como as focas, os casamentos em Portugal estão em vias de extinção.
Em 2011 registaram-se aproximadamente 36,000 casamentos contra os 64,000 em 2000 e os 66,000 em 1995.

Mas afinal o que é que leva a este comportamento? 
O que é que leva as pessoas a viverem na informalidade?
Falta de sentimentos não será.
Será receio de assumir compromissos? Falta de valores? Desleixo?

Segundo o meu primo Zé Lerias, ajudam à festa a falta de formação em relações publicas e marketing dos padres e no caso da Mealhada as escadas de acesso ao registo civil também não ajudam muito.

O certo é que o pessoal agora não quer mulheres/esposas ou maridos/esposos preferem terem companheiros e assim deixam de usufruir do único direito que se adquire com o casamento que é o divorcio. Ou seja preferem viver em união de facto, designação que a legislação teve que arranjar para enquadrar a situação.

O mais paradoxal é que quando nestas relações nascem filhos vão a correr para a igreja e exigem que sejam baptizados. Ou seja para eles que são maiores e vacinados não tem qualquer importância irem ao altar, mas no entanto com os filhos com poucos meses e sem voto na matéria, tem que levar com o carimbo da santa sé.

Vá-se lá perceber estas incoerências.

* Vim a saber à posterior que que afinal já tinha alterado o seu estado amoroso no facebook.

sábado, 10 de agosto de 2013

Os Eleitos (IV)


 
Quase, quase, acabar a boa vida. Depois de uns banhos em aguas cálidas, o refugio no Portugal profundo e pouco conhecido.
No entanto sempre atento ao que se passa na minha parvónia e ontem lá estava na caixa do correio a ultima edição do JM de 31 de Julho.

Embora já tivesse merecido uma nota na anterior edição, é nesta em que é apresentado o quarto e ultimo candidato ao cadeirão municipal de seu nome Ricardo Coelho.

Um autentico desconhecido que nasceu no Porto, habita no Canedo e estuda em Coimbra. Não sendo eu vidente, com base na foto, não deve ser cliente do Tonito barbeiro e só faz a barba uma vez por semana. O curriculum (se é que assim se pode chamar) é o habitual dos dirigentes e candidatos do Bloco de Esquerda. Grandes crânios que devido ao imenso tempo que passam em estudos, teses, doutoramentos e afins, parecem viver numa realidade à parte. Só dizem verdades e estão sempre certos nos resultados. Tenho sempre grande dificuldades em contradizer um bloquista porque tem sempre um grande dom da palavra e soluções fáceis para todos os nossos problemas, e do mundo em geral.

O lema deste partido basicamente resume-se a que todos podemos ser felizes sem nada fazer.

O meu primo Zé Lérias diz que ele tem tem poucas hipóteses de ser eleito, não pelo partido, mas  pelo apelido que carrega. Acha um erro de palmatoria um partido avançar com um candidato com o apelido do actual primeiro ministro.

E assim fica concluída a grelha de partida" dos candidatos ao cadeirão municipal.
Ao contrario de que eu pensava não apareceu ninguém para preencher a parte órfã do PS.

Mas com o que temos estou convicto que a coisa vai ser divertida até às eleições.

Quando regressar vou aos meus calabouços fazer umas pesquisas ao material que tenho guardado das anteriores eleições autarquias, porque parece-me que alem do nosso amigo Claudemiro do Luso, existem mais transferências ou melhor alterações de ideologias (eu diria de carácter).

Um até já, que espero que seja breve.

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