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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tema fraturante

Hoje depois de uma ponderada análise resolvi dar o meu palpite sobre um tema fraturante.

Não, não vou escrever sobre o aborto, nem sobre a co-adoção e muito menos sobre a eutanásia.

Vou opinar sobre mamas.

Sim, isso mesmo, mamas.

A minha nobre intenção é motivada por uma conversa que ouvi numa viagem de comboio entre quatro jovens mulheres (aparentemente estudantes universitárias) que viajavam atrás de mim e também por já me ter apercebido (sempre de forma sonegada) que se trata de um tema caro a muito boa senhora.

Conversas entre mulheres são sobre roupa, bijutaria, cabelos, maquilhagem, depilações, celulite, estrias, dietas, rabos e muito sobre mamas.
Do pouco que falam sobre nós homens, demonstram um total desconhecimento sobre os nossos gostos e interesses.
Em contrapartida em grupo, os homens falam sobre gajas, futebol, gajas, politica, gajas e outras tantas coisas interessantes.

Abrindo hostilidades sobre o tema que aqui me trouxe:

Minhas caras amigas e mulherio em geral, a maioria dos homens não gostam de mulheres com grandes mamas.
 
Isso é um mito.

Essa vossa paranóia de pensarem que só gostamos de mamudas, é isso mesmo, uma paranóia.

Por acaso estão a ver um gajo pensar: vou namorar e/ou casar com aquela gaja porque tem um grande par de mamas?

Eu não.
A não ser que seja algum tarado ou que queira uma mulher para apresentar como um troféu de caça. 

Então perguntam vocês, porque é que cada vez que vimos um grande par de mamas ficamos a modos que hipnotizados?

Resposta: 
Reagimos do mesmo modo como quando vimos um Ferrari ou uma Harley-Davidson.
Gostamos de apreciar e até pode apetecer-nos dar uma volta, mas não nos passa pela cabeça ter que utilizar tal maquinaria no dia-a-dia.

Vamos lá ver, as mamas são importantes?
Com certeza que são, como são todas as outras curvas.
Mas acreditem que valorizamos muito mais outros aspectos e os mais importantes nem são os da embalagem.

Ou seja a aparência é importante para chamar atenção, mas depois, bem depois, vem o que realmente interessa.

O que realmente interessa ao homem numa mulher (alem de um par de mamas e de um rabo jeitoso), é que nos saibam fazer-nos felizes e para isso têm que ser positivas, pró-ativas, independentes, com instinto maternal, espertas, com auto-estima elevada e fundamentalmente que sejam surpreendentes.

Ou seja não adiantam nada ter um bom par de mamas se forem chatas, complexadas, ciumentas, dependentes e desleixadas.

Então se não souberem quem é o lateral esquerdo do Benfica ou a cor do equipamento do Paços de Ferreira podem ter a certeza que vão ficar encalhadas ou na melhor das hipóteses arranjam um futebolista com um QI abaixo de 0.

Portanto tirem lá essa vossa ideia de implantes mamários, soutiens que acrescentam ou levantam mamas e tratem é de saber o que realmente importa ao V/ cara-metade ou pretendente.

E desde já informo que logo que possa vou opinar sobre depilação feminina.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Alforreca !!

Para quem não sabe hoje comemora-se o dia do preservativo.

Presumo que seja por ser a véspera do dia dos namorados.

O preservativo em látex como hoje o conhecemos é uma invenção recente, embora o seu uso como contraceptivo e de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis remonte à antiguidade.

O pessoal antigamente valia-se do que havia para se proteger, e desde papel de seda, de linho, tripas e peles de bexigas de animais, tudo servia.

Embora o seu uso seja socialmente aceite e nalguns casos incentivado pela classe médica, ainda gera alguma controversa e reserva por parte de alas conservadoras afectas a certas religiões e também de alguns marialvas armados em bestas. 

O primeiro contacto que tive com tal coisa, foi muito precocemente nos meus tenros 6 anos, quando brincava numa praia à beira mar. Confundi o achado, que boiava na água, com uma alforreca.

Peguei-o com todo o cuidado e fui a correr aos gritos para a minha mãe: 
"ENCONTREI UMA PELE DE ALFORRECA, ENCONTREI UMA PELE DE ALFORRECA!".

Na altura não percebi o motivo das expressões da minha mãe, num misto de surpresa, vergonha e de repreensão. E foi muito custo que pegou na pele da alforreca que rapidamente enterrou na areia enquanto olhava para os lados para ver se alguém estava presenciar ao sucedido.


Na altura fiquei com a clara percepção que tinha feito asneira da grossa, tal como ter dado cabo de uma espécie animal em vias de extinção.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Xiuuuuuuuu..

Esta semana fui pela segunda vez à biblioteca municipal da Mealhada.
A primeira foi já algum tempo para participar num evento no auditório e desta vez como simples utente. 

O meu vizinho deve andar ampliar a casa e tenho acordado ao som de uma betoneira e adormeço ao som de marteladas. Para poder trabalhar em sossego, pensei que o melhor local seria a biblioteca.

E se pensei, assim o fiz, peguei no portátil na papelada e toca de ir despachar expediente para longe dos trolhas contratados pelo meu vizinho.

Depois de um quarto de hora de assentar arraiais numa das mesas, comecei a ficar com dúvidas sobre a opção tomada. A Internet ainda deve ser da era analógica e o ruído é constante.

Se arquitetura do edifício não ajuda e condiciona a disposição do mobiliário, os utentes e funcionárias contribuem para a festa.

No hall da entrada estavam uns reformados (já meios surdos) amantes do futebol que por vezes comentavam animadamente os jornais desportivos: jovens em amenas cavaqueiras de passagem para a secção dos DVD(s); um idoso que “dactilografava” uma carta em word (só lhe faltava rodar o carreto e empurra-lo para a esquerda) e que constantemente tirava dúvidas com uma funcionária que estava a uma certa distância; e para compor o ramalhete, uma funcionária que com uma frequência cronométrica teimava em atravessar a sala, subir e descer as escadas, tudo sobre madeira com uns sapatos de salto alto que assim produzia um som muito idêntico aos das marteladas com que adormeço.


Nas pouco mais de duas horas em que por la permaneci cheguei à conclusão que o local é próprio para tudo menos para quem procura um local silencioso, para por exemplo estudar.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Basta de cortes!

 

Ja não me bastava o governo central carregar-me de impostos, vam agora o poder local querer suprimir-me uma refeição anual de leitão e espumante, que já a dava como um direito adquirido e que constava no meu plano de actividades de 2014.

Isto a proposito da intenção do actual executivo camarario estar a "estudar" um novo modelo de convites para a Gala das 4 Maravilhas.
Confesso que na ultima Gala fiquei com a impressão que o evento estava a ficar um pouco mal frequentado, mas deduzi ser fruto da época que era de plena (pré) campanha eleitoral autarquica.
Como não tenho outra forma de o fazer, apelo daqui, muito encarecidamente ao executivo camarario da Mealhada, que não se esqueçam da minha pessoa e assim possa continuar a usufruir de uma refeição anual das 4 Maravilhas com a companhia da nata da sociedade Mealhadense e afins.
Bem hajam.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mais um Marreta.

É da minha família e vou chama-lo de primo Afonso (para não lhe chamar um nome feio).

O meu primo (afastado) Afonso nasceu por aqui nos anos 40 do século passado e (diz ele) para fugir à guerra colonial, cedo rumou para as Américas.

Por lá andou ate se radicar nos Estados Unidos perto de New York para onde chamou a mulher depois de se casar por correspondência. Constituiu família e por lá foi ficando.

Frequentemente e normalmente pela altura das festas da sua terra natal vinha passar por cá uns dias, onde massacrava a família e amigos com as virtudes da terra do tio Sam, fazendo parecer que por cá vivíamos no terceiro mundo, tal era o nosso atraso em relação a sua terra de acolhimento.

Embora já reformado nunca pensou regressar a sua terra e na ultima vez que esteve cá por casa no verão de 2007, passou o jantar a dizer raios e coriscos de Portugal, com grande destaque para a nossa classe politica portuguesa "uma cambada de corruptos e mafiosos". Não havia nada como os Estados Unidos para se viver.

Mas aparentemente a vida dá umas grandes voltas e à questão de 3 anos foi diagnosticado uma doença oncológica à esposa, que a tem obrigado a complicados tratamentos médicos que rapidamente esgotam o plafon do seguro de saúde americano e que logo no primeiro ano de doença obrigaram-no a um desembolso de mais de 100.000 dólares.

Ouvi uma vez alguém dizer que "a vida humana não tem preço, tem é um custo" e deve ter sido isso que o meu primo deve ter sentido nas suas poupanças.

E vai dai, toca a arrumar a trouxa, toca de mandar às favas todos os benefícios que a terra do tio Sam lhe proporcionava e toca de regressar à sua parvónia e resguardar-se no nosso (e aparentemente de toda a gente) Sistema Nacional de Saúde.

Hoje, bem cedo encontrei-o no café com mais dois reformados, a fazer couro de protestos contra o governo por quererem vender umas obras do famoso pintor catalão Miró.

Aparentemente parece que o meu primo já foi contagiado pelo síndroma daqueles que pensam que o dinheiro se reproduz sozinho e por obra e graça do Ministério das Finanças.

Não há pachorra!!

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