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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Paradoxos (I)




A minha sobrinha sem aviso prévio*, informou de véspera os pais que iria sair de casa para ir viver com namorado.

Sinais dos tempos.

Não à muito tempo uma rapariga de família não saia de casa sem primeiro passar pelo altar vestida de branco. 

Segundo o INE, tal como as focas, os casamentos em Portugal estão em vias de extinção.
Em 2011 registaram-se aproximadamente 36,000 casamentos contra os 64,000 em 2000 e os 66,000 em 1995.

Mas afinal o que é que leva a este comportamento? 
O que é que leva as pessoas a viverem na informalidade?
Falta de sentimentos não será.
Será receio de assumir compromissos? Falta de valores? Desleixo?

Segundo o meu primo Zé Lerias, ajudam à festa a falta de formação em relações publicas e marketing dos padres e no caso da Mealhada as escadas de acesso ao registo civil também não ajudam muito.

O certo é que o pessoal agora não quer mulheres/esposas ou maridos/esposos preferem terem companheiros e assim deixam de usufruir do único direito que se adquire com o casamento que é o divorcio. Ou seja preferem viver em união de facto, designação que a legislação teve que arranjar para enquadrar a situação.

O mais paradoxal é que quando nestas relações nascem filhos vão a correr para a igreja e exigem que sejam baptizados. Ou seja para eles que são maiores e vacinados não tem qualquer importância irem ao altar, mas no entanto com os filhos com poucos meses e sem voto na matéria, tem que levar com o carimbo da santa sé.

Vá-se lá perceber estas incoerências.

* Vim a saber à posterior que que afinal já tinha alterado o seu estado amoroso no facebook.

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