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terça-feira, 28 de junho de 2016

Os Donos Disto Tudo


As crises são más, mas também tem o seu lado bom. Uma das coisas boas que têm, é a de limpar o mercado de certas (pseudo) empresas e empresários.

O caso mais emblemático foi a queda do Ricardo Salgado (e Comp. Lda) e do seu império. Não era por acaso que era conhecido pela sigla do DDT (Dono Disto Tudo). Não havia grande negócio em Portugal, que de forma directa ou indirecta, não tivesse lá a sua mão. Não havia governo que não tivesse um ou mais membros oriundos da sua coutada ou da sua rede de influencia. O seu estatuto permitia-lhe frequentar os salões da realeza europeia, relacionar-se com o mundo da alta finança, a ter sempre a porta aberta dos gabinetes dos ministérios e ter certos jornalistas ao seu serviço. Fazia e dava a fazer bons negócios, como patrão granjeava da simpatia dos sindicatos e era um bom mecenas. No entanto bastou apanhar um primeiro ministro e uma ministra das finanças que se recusaram a avalizar um empréstimo da CGD de 2.500 mil milhões de euros e foi o que se viu. Aquilo que parecia ser um grande império, não passava de um monte de empresas, quase todas falidas e que viviam à custa das poupanças de muitos incautos clientes que pensavam estar a fazer investimentos seguros e rentáveis.

Mas se este tinha um estatuto a nível nacional, e a nível local também temos algum DDT?

Há quem diga que sim.
Dizem-me que também temos à nossa dimensão, um Dono Disto Tudo.

Dizem-me que temos um DDT que de forma directa ou indirecta controla instituições que movimentam muitos milhões, empregam muitos trabalhadores e que por isso tem grande influencia na economia local. Dizem-me que na política joga em mais que um tabuleiro e tem sempre a porta aberta na sede do município para influenciar decisões e aconselhar nomes. Dizem-me que é tão DDT que até nomeia familiares directos para altos cargos das instituições que controla e que não lida muito bem com um não ou com uma discordância.

Só não me dizem, se tal como o Ricardo Salgado o nosso DDT tem “pés de barro”.

Mas afinal quem é o nosso DDT?
Ora bolas!! Não me querem dizer…



sexta-feira, 17 de junho de 2016

Carnaval no Centro?

Tal como ocorreu no ultimo acto eleitoral, as próximas eleições para os orgãos sociais da ACB prometem serem concorridas. Na rua em plena campanha eleitoral, já estão duas listas, uma encabeçada pelo sénior Fernando Saldanha e outra pelo jovem Alexandre Oliveira. Há ainda a possibilidade de aparecer uma terceira lista oriunda de uma das escolas de samba.

A coisa promete.

Em estado mais avançado está lista do jovem Alexandre Oliveira, com o lema “Carnaval no Centro”, já criou a conta no FC onde enumera as razões da candidatura, dá a conhecer a composição da lista e recolhe depoimentos de apoio ao mote do Carnaval no Centro. Paradoxalmente, os jovens candidatos e os apoiantes, pretendem o Carnaval de volta ao centro da Mealhada por saudosismo ou seja “antigamente é que era bom”, porque cheirava a algodão doce, pipocas, farturas, tinta do papel das serpentinas, vinho tinto e outras coisas fixes. 

Enquanto a juventude vai preparando o terreno demonstrando estarem bem organizados e propõem-se a alterar os festejos do Carnaval como hoje o conhecemos, o sénior Fernando Saldanha para já só criticou o que a anterior direcção fez, pelo que o lema dele não deve ser muito diferente de “Levantar o Carnaval” e aparentemente espera que o curriculum dos anos em que esteve como presidente da direcção lhe chegue para amealhar os votos suficientes à eleição, o que nos dias que correm é muito pouco.

Tratando-se de uma associação com uns estatutos e modus operandi muito suigeneris, onde na pratica toda a gente pode votar como ficou provado no ultimo acto eleitoral, ganha quem conseguir levar mais gente “amiga” ao acto eleitoral.



segunda-feira, 13 de junho de 2016

Como se desenvolve uma Economia e porque se Afunda.

Titulo de um livro de que já li umas 3 ou 4 vezes, que de um modo muito simples e cómico, o autor Peter Schiff com recurso à banda desenhada descreve o desenvolvimento económico de um país e explica as complexas relações monetárias internacionais.

Para tornar simples a todos os leitores o pensamento económico, o autor cria uma parábola com as personagens Able, Baker e Charlie moradores isolados duma ilha, que fazem da pesca com as mãos a sua única actividade. Cada um destes pescadores apenas consegue apanhar um peixe por dia, o equivalente as suas necessidades de consumo diário. Os dias destes homens são penosos, resumem-se a dormirem e passarem o resto do dia dentro de agua para apanharem com as mãos um peixe para sobreviverem.

Até que um dia um deles, o mais empreendedor resolve arriscar a sua sobrevivência, ou seja, deixar de ir apanhar o seu peixe, para tentar criar uma ferramenta que lhe pudesse facilitar a actividade e assim passar menos tempo a pescar, para ter tempo para outras actividades e garantir que não voltava a passar fome.
E assim, aparece o primeiro capitalista na ilha e inicia-se o desenvolvimento económico na ilha.

De uma forma simples o autor mostra que a economia não é uma ciência exacta e que está mais para a psicologia e sociologia do que para a matemática.

Leitura obrigatória para os fãs da teoria Keynesiana.

Indignados. Procuram-se.

sábado, 11 de junho de 2016

Mais um que vai ter que arrotar com 1,00€.

Ontem, o camarada Egídio Peixoto festejou o seu aniversário pelo qual não pude felicitá- lo no FC porque aparentemente desamigou-me, pelo que aproveito agora a ocasião para o felicitar.

Hoje li o seu post de agradecimento a quem lhe desejou os parabéns  e onde também aproveitou para informar que o ilustre Presidente da Câmara da Mealhada, Sr. Dr. Rui Marqueiro lhe moveu uma acção judicial por difamação.

Ora, como já por aqui escrevi o camarada Egídio estava a pedi-las e agora lá vai ter a maçada de ir ter que explicar ao juiz porque é que o ofendido é aquilo que ele acha que é.

Meu amigo Egídio, há certas coisas que só se dizem na cara dos visados e sempre sem testemunhas, porque certas figuras publicas embora saibam que "anda meio mundo a cotar-lhes na casaca" como não podem mover acções contra desconhecidos, gostam de apanhar uns incautos para que sirvam de exemplo.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Luso SEM gás

Na altura bem me pareceu que aquela cena de “Luso com gás” era mau prenuncio.

Os factos demonstram que o Luso sofre de “mau olhado” e por muito que os decisores da terra tentem dar a volta, a coisa só lá vai com a intervenção divina ou com ajuda de um curandeiro.

Com o declínio do termalismo, que não só afetou as termas do Luso mas tudo o que são termas, (cujas causas e efeitos já foram objetos de vários estudos académicos) e a deslocalização da laboração da Sociedade das Aguas do Luso para a Vacariça, o Luso tem vindo a definhar.

Como é normal, ou seja o mercado a funcionar, a atividade económica tem vindo a decrescer e alguns sectores dão de frosques. O encerramento dos CTT, dos bancos, de algum comercio, a desistência da Maló Clinic têm só uma causa: A falta de clientes.
Há muito boa gente que não consegue perceber que os privados não vivem de impostos, nem dos bons ares do Buçaco, vivem dos clientes.

Mas a fazer fé no que se escreve nas redes sociais, (verdade seja dita que o pessoal do Luso é muito bom a noticiar as desgraças da sua terra) a desgraçada população do Luso debate-se com muitas outras maleitas. Ora são os maus cheiros da Fabrica do Alcides Branco, ora são os peixes do lago que começam a boiar, ora é a Extensão do Centro de Saúde inoperante devido a infiltrações de agua, ora é uma enxurrada de lama. Enfim, um sem fim de problemas que lhes tolhe a alma lusensse.

E agora, para ajudar à festa tem a agua da fonte de S. João (e arredores) inquinada. Nas ultimas analises efectuadas, foram detetados indícios de coliformes ou seja foi detetado “cócó” na agua.
De facto é azar demais, o que ainda leva alguma malta ao Luso está improprio para consumo.

O presidente Dr Rui Marqueiro que já esta farto de tanto queixume da malta do Luso, está a tratar de contratar uma empresa para tentar descobrir no "cócó" da agua contaminada, indícios de ADN para descobrir quem são os porcalhões que andam a comporcar a agua.

Vamos aguardar pelos resultados.

Pessoal do Luso, o melhor é seguirem o conselho do ex-primeiro-ministro: EMIGREM.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Gamada daqui.
Como já era previsível, Fernando Saldanha vai recandidatar-se a liderança da Associação do Carnaval da Bairrada, conforme hoje notícia o Jornal da Mealhada.

Em declarações ao JM entrou logo a “pé juntos”, com uns mimos para a atual direção: “levantar o carnaval que deixaram cair...”

A atual direção que teve uma “entrada de leão, sai como um cordeiro”, alegando falta de colaboração e boicote por parte de algumas escolas. Enfim, uns meninos que se amedrontaram com pessoal que desfila quase nu em pleno inverno, enquanto aviam uns barris de cerveja.

Segundo fonte bem informada, ou seja pessoa que frequenta o Manuel Barbeiro, há a possibilidade de aparecer outra lista encabeçada por um Alex.
A ver vamos.

Brevemente ficaremos a saber o que os carnavalescos pretendem fazer.
Iremos voltar a ter os TV5? O Rei volta a ser brasileiro? O recinto para o desfile deixa de ser em L e passa a ser em U? As Escolas passam a ser mais ou menos responsabilizadas? Volta o concurso?
Estas e outras duvidas na minha opinião pouco interessam e são questões menores.

O que realmente interessa, é saber se o Carnaval na Mealhada tem “pés para andar” (hoje estou imparável, em meia dúzia de linhas já utilizei duas vezes os pés).

Por muito boa vontade que haja, promover e organizar um evento que consiste num desfile que tem como atração umas garotas a desfilar descascadas no meio da rua em pleno inverno, é de doidos e malta meio kamikaze. Ou seja, é perfeitamente normal o mau tempo no inverno.

Se a isto juntarmos:
- O facto de o evento depender totalmente do subsidio camarário, por isso dependente do humor e de agendas políticas dos senhores políticos da terra. O Dr. Marqueiro já fez saber que a realização de um torneio de xadrez no concelho mexeu mais com a economia do concelho.

- O divorcio com grande parte da população da terra que ficou amuada com a mudança do cortejo para a zona desportiva e que tem que gramar com a parte má da festa, que é a barulheira e a bandalheira que os nocivos provocam pelas ruas da Mealhada.

- A dificuldade na relação com as escolas de Samba com ritmos muito próprios, em que a maior parte dos elementos só funcionam com CH3CH2OH e que lidam muito mal com a critica. .

Concluindo, no meu ponto de vista com todas estas condicionantes, estão reunidas as condições para que o trabalho da futura direção seja um autentico “bico de obra”.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O momento alto do dia.


No dia a dia, por vezes ocorrem situações tão caricatas que quando contadas ninguém acredita.

Hoje quando subia umas escadas, seguia à minha frente uma senhora de peso (coisa para os 100 Kg), com uma criança pela mão, que sem prévio aviso larga uma violenta “flatulência” que literalmente, despenteou-me todo.

Ao aperceber-se da minha presença (devo ter gemido de pânico) virou-se e disse:

O senhor desculpe-me, mas ando a fazer um tratamento que me provoca muitos gases e não os consigo controlar”.

Só me ocorreu responder com:

Por favor minha senhora esteja à vontade, mas por favor deixe-me passar que estou atrasado”.

E pronto, foi o momento alto do dia.

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