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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Há novidades do céu?






Hoje enquanto tomava banho ocorreu-me uma inquietação, que no meu caso é periódica.
Será que a minha avó que está no céu (era muito boa pessoa), me estará a ver?
Bom, não me incomoda que a minha avó me veja nu, é da família,  mas será que todos aqueles que morreram e foram para o céu estarão debruçados nos beirais celestiais a verem o que o pessoal cá por baixo anda a fazer?

Eu por acaso estava a tomar banho mas há alturas que pratico certas actividades de que gosto da máxima privacidade. A minha performance fica comprometida se me sentir vigiado.

Embora tenha procurado por tudo o que é Google, não encontrei uma resposta que me satisfaça. Partindo do princípio que a teoria que praticamos está certa, quando morrermos, (em principio e se tivermos o registo criminal limpo) abalamos para o céu.

E depois?
Como é que aquilo será?

Preocupa-me o facto de tantos crânios a tentarem descobrir curas para tudo e mais alguma coisa, a preocuparem-se em descobrir vida em Marte e nenhum se preocupa em saber como é que é aquilo lá no céu. Mas que raio, já imaginaram a quantidade de gente que para lá foi e até agora ninguém mandou recado e ninguém se preocupa em saber se estão bem.

Será que um gajo anda por aqui a portar-se bem, para garantir lá um lugar e depois chega lá e aquilo é uma seca.

Não sei se estão a ver bem a coisa. Nós aqui por baixo, com um bocado de sorte podemos chegar aos 100 anos. Mas quando partimos lá para cima, meus amigos, não é para lá estar 100 anos, é para a eternidade ou seja a coisa nunca mais acaba. E pelos vistos temos que andar sempre aprumadinhos e certinhos porque o chefe não autoriza baldas.

À pois e se lá não houver televisão por cabo? e se não houver internet? e facebook haverá? será que um gajo lá pode dormir acompanhado? e seremos obrigados andar vestidos todos de branco? e o que se come? que língua ou dialeto se fala lá em cima? como será o clima? será que está por lá toda a gente que quinou desde a pré-história? se estiverem deve ser uma grande confusão. Só espero não me cruzar com o D. Afonso Henriques, o nosso primeiro rei, porque lhe terei que dizer umas verdades.

Se me preocupa o facto de os que para lá foram nada dizerem, mais me inquieta o facto dos que por cá andam nada fazerem para esclarecer estas minhas dúvidas.

Amanhã vou mandar um mail ao Francisco.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Porque não?




Centro comercial, +/- 18 horas, loja da Zara, aguardo que a minha esposa decida a cor da blusa que vai comprar. Azul-celeste, azul-marinho ou azul-turquesa? Eis a dúvida.

Relativamente perto, uma grande senhora (coisa para cima dos 120 kg) vasculha um monte de camisolas de malha num expositor com vestuário em fim de estação e em promoção. Aparentemente também indecisa quanto à cor a levar. Já com um casaco na mão, faz sinal a uma funcionária que prontamente larga o que estava a fazer e se lhe dirigiu. Sem dar tempo á cliente de abrir a boca, diz-lhe “minha senhora nesta loja não vai encontrar roupa para o seu tamanho.”
Prontamente a senhora arremessou o casaco para o expositor e saiu da loja (presumo eu) para nunca mais voltar.
A funcionária voltou às suas tarefas, com cara de dever cumprido, o que demonstra que foi ensinada para o que devia fazer, mas ninguém lhe ensinou o que não devia fazer.

Mas agora não me apetece debruçar sobre a temática de atendimento ao público, inquieta-me sim a paranóica falta de visão do comércio em relação ao cliente ou potencial cliente XXXL.

Os gordos, obesos ou o que lhes queiram chamar, representam uma grande fatia da população. Por norma nos gordos habitam pessoas bem-dispostas e muito sociáveis, ao contrário dos magricelas.
Segundo dados de 2006, seriam quase um quarto da população portuguesa e com tendências para aumentar, ou seja um grande nicho de mercado. São muitos e às toneladas, bastou dar uma volta ao centro comercial para confirmar a enorme quantidade de gente de peso que por lá circulava. Mas nas montras não vi um único manequim XXXL.

O que é que o comércio de bens e serviços tem para lhes oferecer?
Tudo o que eles quiserem para emagrecer!

Mas se eles não quiserem emagrecer?
Existe alguma legislação que proíba ou condicione uma pessoa ser gorda?
Se me apetecer engordar até aos 150 kg e ter um diâmetro de 5 metros, não posso?

CRISE



Em momentos de crise, perdemos de vista o que ficou para trás e o interesse pelo que vem depois. Ficamos ocupados com o momento e com a sua gravidade. Só vemos o lado escuro das coisas e o quanto ainda teremos que penar.
A nossa reação perante algum advento mais adverso é economizar. Começamos a economizar o presente, enquanto arquivamos as experiências passadas, que nos revelaria ser esta, apenas mais uma crise, entre muitas outras que virão na normal correria das sociedades ditas modernas.

Os momentos de dificuldade também são os momentos de reflexão, para olhar de fora e pensar no que mudar do lado de dentro. Não existe oportunidade se não existir adversidade. Quando tudo vai bem, não há progresso real, apenas progresso natural. Alguém já disse que a necessidade é a mãe das invenções.

O problema é que a incerteza nos atormenta, pois não estamos preparados para alojar o futuro desconhecido que nos bate à porta.
Mas crises podem ser profiláticas se aplicadas diretamente no nosso ego.
Não são os maiores, nem os mais fortes que sobrevivem às crises. Os que sobrevivem e permanecem são os que mais depressa se adaptam.

As oportunidades circulam à nossa volta, por isso precisamos de estar atentos e sintonizados para as decifrar, interpreta-las e apanha-las em andamento.

Li recentemente uma entrevista de um atual CEO e herdeiro de um grande grupo empresarial que foi fundado pelo seu avô que era ferrador. Na segunda década do seculo passado, mudou-se do campo para a periferia da cidade, à procura de uma melhor vida. Cedo se apercebeu que dia para dia eram menos os cavalos e mais os automóveis. Na igreja onde religiosamente ia todos os domingos, reparou numa figura sagrada esculpida em madeira  com uma perfeição impressionante. O que mais lhe chamou atenção foram as sandálias que o artesão tinha esculpido em madeira e que calçavam o santo.
Em pouco tempo passou de calçador de cavalos para o maior fabricante de calçado da cidade. Embora praticamente analfabeto fundou um império. Segundo o seu neto uma reclamação de um cliente era um motivo para o seu avô melhorar, fazer melhor, aperfeiçoar. Para o seu avô não se tratava só de fabricar calçado, tratava-se de satisfazer as necessidades dos seus clientes. O que para uns seria um motivo de desânimo para ele era um motivo de melhoria.
Tudo começou na antecipação a uma adversidade e onde todos viam uma bela estatueta em madeira, alguém reparou num potencial negócio.

Mas para mim, o melhor exemplo de que devemos estar sempre atentos é o do homem mais rico do mundo Carlos Slim (mexicano). Em recente entrevista disse que encontrou a sua grande inspiração para os negócios na revista Playboy, entre fotos de raparigas nuas, num artigo de Jean Paul Getty.

Já alguém reparou que a Playboy tinha artigos?
Pois, estejam atentos.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

"Descendentes de uma figa"



Li algures que andamos sempre a correr e sempre atrasados. Por muito que corramos são poucas as vezes que alcançamos o que procuramos.

Uma das explicações que ouvi baseia-se no facto de na escola só nos terem maravilhado com os tempos gloriosos dos nossos antepassados, que chegaram a dominar o mundo (a meias com os espanhóis), na vez de nos terem ensinado a procurar e encontrar o nosso futuro.
Só assim se justifica o facto de quando o pessoal sai para "apanhar" o mercado do trabalho, a maioria fica à porta, à espera sem saber para que lado é o futuro.

Sempre me intrigou o facto de sermos descendentes de uns malucos, que com meia dúzia de tábuas, se aventuraram por esses mares bravos à procura de coisas novas e nós somos uns langões acomodados com tiques de chicos espertos. Nada me tira da ideia que foi da mania dos nossos antepassados saltarem para cima de tudo o que tivesse saias (tomara depois de meses em barcaças).
Somos o resultado do cruzamento de um povo empreendedor e aventureiro com uns indígenas que estavam a gozar ferias em países tropicais. Sim não me venham com a historia de que fomos descobrir terras onde já habitavam outros povos. Sim os gajos que por lá andavam baldaram-se ao trabalho e estavam a gozar ferias na praia. Quando se viram apanhados começaram a fazer figuras de parvos e de atrasados como é o nosso timbre.

Mas adiante....

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Metro à porta




Depois de uma semana a labutar noutras paragens, regresso e deparo-me com uma grande obra no centro da nossa grandiosa cidade. Grande estaleiro, metade das ruas da cidade cortadas, arvoredo que desapareceu e um grande rasgo a céu aberto. Os meus conhecimentos básicos de engenharia detectaram logo que se tratava da obra do mandato, a prometida e à muito desejada construção do Metro na Mealhada, que conforme se prevê a muito curto prazo se expandirá para todas as localidades do concelho.
Estou felicíssimo.
Ainda para mais parece-me que vou ficar com uma paragem perto de casa.


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