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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Opinar sobre o que interessa.




E pronto, o SLB lá ganhou o 35º e assim contribui para que a nação se vá esquecendo dos reais problemas.
Por isso, contra a maré quero hoje debruçar-me sobre algo que me inquieta algum tempo e que para meu espanto nunca foi objeto da devida análise, nem nas redes sociais, nem nos órgãos de comunicação social cá do sítio.

Então vamos lá a isto que tenho mais que fazer.
Vou opinar sobre as novas casas de banho públicas, recentemente instaladas no jardim municipal da Mealhada.

Digam lá se também não ficaram apalermados quando se depararam com aquele caixote acompanhado de outro envidraçado a servir de alpendre?

Não sendo uma área que domine a 100%, posso garantir que pelas horas de utilização de casas de banho tenho alguma experiência na matéria.

Não sei quem é que teve a ideia, mas tanto quanto sei do funcionamento das entidades públicas, aquilo é coisa para ter sido idealizada e projetada num gabinete de arquitetura contratado para o efeito. Se aquilo fosse projetado por mim era declarado lixo, mas como deve ter a chancela de um arquiteto, há que pagar e calar.

Se no aspeto o edificado deixa muito a desejar, ou seja não embeleza o local, era de esperar que pelo menos cumprisse a sua função.
E então perguntam vocês porque é que acho que não cumpre a função?
Basicamente porque não dão privacidade e o isolamento necessário a quem as queira utilizar.

Na utilização de uma casa de banho onde geralmente vamos largar o que há de pior em nós, é normal ocorrerem uns barulhos estranhos e odores pouco recomendáveis, por isso é necessário uma certa privacidade e isolamento. Já para não falar que por vezes é preciso alguma concentração e esforço, não me parece que neste caso seja possível com aquele tipo estrutura toda arejada, com carros e pessoas a circular a 3 metros da retrete.

E pronto, já desabafei sobre um assunto que me andava atormentar.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A polémica sobre as escolas privadas com contrato de associação.


Como toda a gente tem opiniões sobre a subsidiação das escolas particulares e como de momento não tenho mais nada para fazer, também vou (ou não) opinar sobre o assunto.

Antes de mais, a minha declaração de interesse: Nunca frequentei nenhuma escola ou instituição particular subsidiada pelo estado e mesmo que o tivesse feito ninguém tinha nada com isso.

Antes de dar a minha singela opinião gostaria de levantar algumas questões.

Nesta matéria como em muitas outras, quando é que o nosso Estado começa a ser uma pessoa de bem e começa a funcionar com uma previsibilidade a médio e a longo prazo? Ou seja quando é que resolvem deixar de reverter e/ou alterar as políticas cada vez que existe um governo novo ou um novo ministro, sem um prévio e ponderado debate?

Porque é que em locais/zonas onde existem colégios particulares subsidiados e escolas públicas, a maioria dos encarregados de educação opta pelas primeiras? Porque é que os filhos de muitos professores do ensino público frequentam escolas particulares?

A medida de acabar com os contratos de associação avançava se não tivesse o prévio acordo do ministro sombra da FENPROF o ilustre Mário Nogueira?

Tendo em consideração as despesas em causa por aluno/turma, o estado vai poupar com a medida? Ou trata-se de uma medida com pendor meramente politica/ideológica?

Resolvida a questão com as escolas particulares, também vão avançar para outros tipos de estabelecimento de ensino privados como as Escolas Profissionais que funcionam unicamente com subsídios públicos?

E claro, podemos ficar pela questão que a muitos inquieta.

É justo o Estado (ou seja os contribuintes) contribuir para o ensino privado em locais onde existem escolas públicas?

Não. Não concordo. Embora seja um neoliberal convicto, entendo que certas áreas deviam ser só de domínio e de responsabilidade do estado e mete-me uma certa confusão a utilização de dinheiros dos contribuintes em negócios de privados, como o caso das termas do Luso que aqui escrevi.

Mas já agora e por uma questão de coerência, gostava que a preocupação de subsidiação de privados com dinheiros públicos não se ficasse pela educação.

Por exemplo, porque é que os funcionários públicos beneficiários da ADESE são comparticipados quase na totalidade nas despesas médicas no sector privado, quando existe um Serviço Nacional de Saúde?


terça-feira, 10 de maio de 2016

E já lá vão 42.


E já lá vão 42 anos, é obra.
Verdade seja dita ninguém me dá mais de 40 anos.

Com a idade, um gajo começa a perder o fulgor da juventude e começa a ganhar experiencia, estatuto e muita, muita flatulência.

São muitos os sinais que nos indicam que entramos nos “entas”:
Os colegas dos nossos filhos começam a tratar-nos por “senhor”, que é como quem me dá com uma marreta no mindinho do pé.
As mazelas provocadas na nossa juventude viram a terminais meteorológicos e indicando-nos alterações do tempo: “esta dor no joanete diz-me que amanhã vai chover”.
Começamos a ter a noção que nunca iremos ser multimilionários por mais que apostemos no euromilhões e por isso nunca iremos ter aquele idealizado Ferrari.
As ressacas começam a durar uma semana e curadas com uma dieta de canja de arroz.
Uns dias fora de casa, já implica que se leve metade da farmácia para prevenir uma diarreia, uma azia, prisão de ventre, dor de cabeça, uma pontada no lombo e a indispensável pomada para as hemorroidas.
É ter óculos para ver ao longe, ao perto e para os lados.
É passar pelas brasas no sofá e acordar com uma dor num musculo que nem sabia que existia.
È começar achar que a juventude está totalmente perdida, que não sabem o que a vida custa e que não respeitam os mais velhos.
È substituir um bom digestivo por um chá de cidreira.
È começar a ter interesse pela situação precária da nossa Segurança Social e por publicidade de PPR´s.
É começarmos a pensar que a Bymbi até poderá ser uma boa compra.
A vantagem de não ter problema com o que os outros pensam e de me dar ao luxo de mandar para o cara##lho quem me f%d€r a cabeça.
È ter amigos há mais de 30 anos.

Nem quero imaginar a desgraça quando somar mais 10.

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