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terça-feira, 28 de maio de 2013

Prioridades



Um dos principais problemas da nossa economia, segundo os nossos governantes, é a falta de produtividade.

Mas também são os mesmos que produzem legislação para que assim seja.

Um exemplo que se passou hoje comigo:
A meio da manhã dirigi-me à loja do cidadão para entregar papelada num organismo público. Chegado ao balcão tiro uma senha e verifico que tenho 9 pessoas à minha frente e que o atendimento está previsto para 15 minutos depois. Aproveito para ir tomar um café e queimar um cigarro. Passados 10 minutos estou novamente no local, verifico que ainda tenho 8 pessoas à minha frente e que os utentes em espera a modos que triplicaram.
Os atendimentos feitos por duas funcionárias, já cinquentonas e com uns penteados à anos 30, continuam a um ritmo normal, mas continuo quase no mesmo número de espera. E porquê?
Ponho o radar a funcionar e voilá!
Descobri que existe atendimento prioritário para quase toda a gente menos para mim.

Pois é, existe uma legislação que estipula que nos atendimentos em organismos públicos uma quantidade enorme de pessoas tem prioridade no atendimento:
Grávidas, deficientes, aleijados, doentes, pessoas acompanhadas de bebés de colo, idosos e advogados (não sei se me esqueci de alguém). Ou seja quase toda a gente tem prioridade, menos os que estão em trabalho ou seja a produzirem.
Fui ultrapassado por um aleijado devidamente equipado com umas muletas, algumas grávidas, uma delas mais parecia ter engolido uma azeitona, uma serie de idosos com pressa para irem jogar a sueca para o centro de dia, um deles com dupla prioridade porque transportava o neto ao colo.

Nota: para a próxima tenho que perguntar se quem tem próteses dentárias também pode usufruir de atendimento prioritário?

Não há paciência!

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