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quinta-feira, 27 de março de 2014

Outro grande tema fraturante.

Como já se devem ter apercebido, este sítio não é muito convencional e não serve para eu vir aqui todos os dias dizer umas banalidades.
Venho amiúde, mas quando venho é para tratar de assuntos sérios e que regra geral são descurados pelos inteligentes que por ai perfilam, nomeadamente os que escrevem no jornal da nossa terra e pelas redes sociais.

Ora hoje e agora, vou opinar sobre outro tema fraturante, que divide a nossa sociedade e que me é muito caro, que é a paranóia do mulherio (e não só), que as leva a exterminar tudo o que seja pêlo fora do couro cabeludo, sobrancelhas e pestanas.

Embora comece aparecer uma vaga de fundo que vem tentar reabilitar a penugem no ideal da beleza feminina, como foi o caso recente do aparecimento da Madona a mostrar uma axila peluda devidamente cortada e colorada, a moda ocidental feminina é pouco tolerante para com as mulheres peludas.
E o preocupante é que a tendência está-se a passar para o género masculino. Ou seja gajos como eu que gostam de vestir camisas abertas até ao umbigo para mostrarem a penugem, tem os dias contados.

Mas esta paranóia extravasou o razoável e por muito que tente, não consigo perceber, qual é a ideia da eliminação total e nalguns casos definitiva dos pêlos, nomeadamente da zona y.

Sim, dessa mesma zona que está a pensar e por onde me vou agora debruçar.

Que raio se passa pela cabeça de uma mulher rapar todos os pelos da zona y?

Já li e ouvi de tudo como justificação, e sempre no sentido de agradar os sentidos masculinos e/ou o seu mais que tudo.

O mais comum é dizerem que o fazem por questões de “higiene”, “conforto”, “estético”, “para o uso de lingerie ou do biquíni de praia”, “porque eles gostam” e a mais hilariante “porque é melhor para eles praticarem sexo oral”.

Minhas queridas, tudo tretas que vocês foram buscar não sei onde, porque de certeza que não foram as vossas mães que vos ensinaram tais idiotices.
Tomem nota nesses cérebros meios complicados:
Nós homens não gostamos dessa coisa toda rapada.

Onde é que foram buscar a ideia, de que um homem gosta de estar na cama com uma mulher, que nua, parece uma miúda de 6 anos?
Não. Não gostamos.
Acreditem, gostamos mais que haja lá qualquer coisa que vos distinga de uma pré-adolescente.

Atenção, regra geral e em certas alturas de acção, nesta matéria como em outras do género, os homens tem tendência a mentir. Mas mentem porque não tem coragem de dizer as verdades que vos podem magoar, o que em certas alturas quentes, não dá muito jeito.

Senão vejamos a seguinte situação:

Dança sensual, desapertam-lhe as calças, deixam cair a saia, ele já passadinho de todo, atira-vos para a cama e vocês travam-no.
Olham-no com aquele ar de matadora e lentamente, começam a tirar as cuequinhas.
E voilá !! Surpresa. Nada de nada, tudo rapadinho.
O gajo fica pasmado e vocês com um sorriso sexy perguntam:
-Então querido, gostas?
-Muito, querida, adoro.

Mentira. O que estavam à espera que ele dissesse? A verdade?
Então vamos lá à verdade:

-Então querido, gostas?
-É pá, …. assim de repente fazes-me lembrar aquela menina de 4 anos que estava ontem na praia toda nua a brincar com uma pá e um balde.

Sim é verdade.
Será qualquer coisa do género que lhe vai ocorrer quando se deparar com a imagem.

Mas atenção, nem 8 nem 88.
Também não gostamos de matagais, daqueles que ainda lá não chegamos e já estamos com um pelo espetado num olho.

Concluindo.

Meninas, penso ter sido explícito nesta matéria, por isso aconselho-vos a contenção e moderação.
Não peguem na gillette, cera ou lá o que usam para o efeito, sem antes terem uma opinião do vosso homem. Mas consultem-no numa altura que ele não esteja para entrar em acção, porque nessa altura ele mente sempre, só para agradar.

Um homem que se preze gosta de vos passar a mão no pêlo.

Saudades

Saudades
Sim, é isso que noto por aqui.

Já lá vão 20 dias sem nada postar, mas no entanto o número de visitas diárias ao iMealhada mantem-se constante.

Pelos recados que vou tendo, os meus leitores inquietam-se por nada dizer sobre os acontecimentos hilariantes da nossa terra. Têm sido muitas as mensagens para que opine sobre o Carnaval, sobre o busto de homenagem ao padre Abílio, sobre algumas deliberações camararias, sobre algumas figuras da nossa terra, etc.

Mas ainda não vai ser hoje que vos vou fazer a vontade, estou sem paciência para escrever sobre miudezas.


Hoje vou opinar sobre pêlos no post que se segue, mas fica a promessa que brevemente tentarei tratar dos assuntos que tanto vos inquieta.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Uma trabalheira

Hoje chegam os dedos de uma mão para contar os amigos mais chegados que se mantêm casados.

Alguns com idades de serem avôs, que deveriam estar a preparar os tarecos para irem para o lar da Misericórdia regressam ao "berço" das casas dos progenitores.

Fruto do simplex o pessoal hoje casa-se e descasa-se, une-se e desune-se mais rápido do que eu demoro a escolher um carro.

Tratando-se o casamento à luz do direito, a celebração de um contrato de duas pessoas com o estado, vê-se logo que tal como as parcerias públicas privadas, o estado não cuida devidamente dos seus (nossos) interesses.

Se há 4 ou 5 décadas, os casamentos eram para toda a vida, hoje os casamentos são enquanto o forem.

Muitos querem resumir as causas dos fracassos, a factores imponderáveis, como a sociedade actual, o excesso de trabalho, o stress, a crise económica, o facebook, outras mulheres ou outros homens. 

Cada caso é um caso, e não sendo um expert, noto existir um padrão comportamental na causa.
Para mim a principal causa, atrevo-me a dizer que, o único motivo valido que encontro é a preguiça.

Sim a preguiça.

Manter uma relação dá muito trabalho. Manter uma casa arrumada e limpa dá muito trabalho. Cuidar e educar os filhos dá muito trabalho. Satisfazer e valorizar quem está ao nosso lado dá muito trabalho. Tolerar e aceitar o que menos gostamos do outro é uma trabalheira.

Ou seja a felicidade é uma carga de trabalhos.

Para mim é este o principal problema das relações dos dias de hoje. A preguiça.
Chegamos a casa cansados e não queremos ter trabalho. Tornamo-nos egoístas, e exigimos do outro aquilo que não exigimos a nós.

Também pode acontecer que uma das partes dêem o litro pela relação e lutem, trabalhem, façam tudo para que a relação dê certo, mas do outro lado está uma lontra prostrada no sofá, que a única coisa que mexe é o dedo para mudar de canal na TV.

A minha teoria é esta. Agora é só praticar.

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