Por favor não emigrem que vamos arranjar emprego para todos.
Era isto que o nosso primeiro-ministro devia ter dito na vez de ter mandado
o pessoal emigrar.
Mais, devia propor a alteração da Constituição da Republica no sentido de
ficar consagrado na lei fundamental, que por cada licenciado de fresco que não conseguisse
uma colocação no mercado de trabalho, o governo devia de imediato criar um
emprego condizente com a sua licenciatura.
Mesmo assim tenho dúvidas de que os queixosos ficassem contentes, porque
por norma são contestatários, e só por dois motivos: por tudo e por nada.
Falo com conhecimento de causa, ou seja já fui jovem.
Agora vou tentar ser sério qb (para aqueles que não perceberam que estava a
reinar).
O elevado desemprego de jovens licenciados parece que surgiu do nada e que agora tem que ser resolvido urgentemente com artes mágicas.
Muito boa gente à muito que vem alertando para a situação e toda a gente
tem vindo assobiar para o lado. Ou seja tem-se produzido muito
doutor, mas na mesma proporção tem-se destruído o tecido empresarial
nacional (se desenvolve-se esta frase tinha matéria para 333 postes).
O certo é que agora passou a ser um tema querido aos
candidatos autárquicos de todo o país e como não podia deixar de
ser também do nosso concelho. Inicialmente foi o candidato Gonçalo
Louzada a mostrar interesse pelo assunto e agora o candidato Rui Marqueiro, mas
por interpostos apoiantes.
Não me parece seja por estar em moda, mas sim por se tratar de um assunto
que toca a um grande nicho de mercado eleitoral.
Remetendo o assunto para o nosso concelho, acho estranho
o súbito interesse do candidato Rui Marqueiro por esta temática.
O problema é antigo e já se punha na altura em que ele era presidente da câmara municipal, e com a exceção da criação da escola profissional, não lhe vi
nenhuma outra ação de relevo para a dinamização empresarial no concelho.
Único executivo que parece que acordou (tardiamente e na minha opinião mal)
para a necessidade de revitalizar a economia do concelho, foi a do Prof. Carlos
Cabral com a criação da marca das IV Maravilhas e a criação da zona industrial
da Pedrulha. E sobre esta infraestrutura estranha-se o facto de só agora ter
sido implementada, ao fim de mais de 30 anos da abertura da Autoestrada A1.
Penso que deve ser caso único a nível nacional. Enquanto outras autarquias
reclamavam um acesso à A1 para terem um acesso rápido às suas zonas industriais
(casos do Cartaxo, Soure e Anadia), a Mealhada teve uma zona privilegiada às
moscas.
Resumindo, em matéria de atração de investimentos de capital e consequente
criação de emprego os executivos camarários, pouco ou nada fizeram. A política
que genericamente tem sido seguida, tem sido no sentido de criar infraestruturas
de lazer e bem-estar por todo o concelho e quanto ao ganha-pão, o pessoal que
procure nos concelhos limítrofes.
Os resultados estão à vista e os mais notórios, foram transformar o
concelho para a maior parte dos residentes num dormitório e para gáudio de
muitos, ter a câmara municipal como a maior empregadora no concelho (uma
organização que vive dos dinheiros públicos).
Por isso meus amigos, a solução a curto prazo é de facto a apontada
pelo primeiro-ministro ou seja, as ofertas superam largamente as necessidades
e/ou possibilidades do mercado de trabalho, pelo que a solução é mesmo ir
procurar lá fora.
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