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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Xiuuuuuuuu..

Esta semana fui pela segunda vez à biblioteca municipal da Mealhada.
A primeira foi já algum tempo para participar num evento no auditório e desta vez como simples utente. 

O meu vizinho deve andar ampliar a casa e tenho acordado ao som de uma betoneira e adormeço ao som de marteladas. Para poder trabalhar em sossego, pensei que o melhor local seria a biblioteca.

E se pensei, assim o fiz, peguei no portátil na papelada e toca de ir despachar expediente para longe dos trolhas contratados pelo meu vizinho.

Depois de um quarto de hora de assentar arraiais numa das mesas, comecei a ficar com dúvidas sobre a opção tomada. A Internet ainda deve ser da era analógica e o ruído é constante.

Se arquitetura do edifício não ajuda e condiciona a disposição do mobiliário, os utentes e funcionárias contribuem para a festa.

No hall da entrada estavam uns reformados (já meios surdos) amantes do futebol que por vezes comentavam animadamente os jornais desportivos: jovens em amenas cavaqueiras de passagem para a secção dos DVD(s); um idoso que “dactilografava” uma carta em word (só lhe faltava rodar o carreto e empurra-lo para a esquerda) e que constantemente tirava dúvidas com uma funcionária que estava a uma certa distância; e para compor o ramalhete, uma funcionária que com uma frequência cronométrica teimava em atravessar a sala, subir e descer as escadas, tudo sobre madeira com uns sapatos de salto alto que assim produzia um som muito idêntico aos das marteladas com que adormeço.


Nas pouco mais de duas horas em que por la permaneci cheguei à conclusão que o local é próprio para tudo menos para quem procura um local silencioso, para por exemplo estudar.

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