Antes de mais cumpre-me informar que se tem menos de 12
anos não deve ler este texto.
Como alternativa divirta-se aqui.
Está por toda a parte, em centros comerciais, festas de empresas, nas
montras, etc.
Depois de um aprofundado estudo académico, descobri que o dito
cujo, como nos é apresentado actualmente, foi criação do Sr Haddon Sundblom,
artista e neste caso modelo, que o desenhou à sua imagem para a Coca-Cola,
nos idos anos 30 do século passado.
Também consta que foi única obra do artista que perdurou, os restantes
trabalhos que criou tinham um prazo de validade e foram todos parar ao lixo.
Desenhava modelos femininos desnudados para calendários de parede.
Logo que entrou em cena, por força da marca que ainda não tinha inventado a
formula da Coca-Cola Zero, foi adoptado como uma marcante referencia natalícia e substituiu todos os outros País Natal que coexistiam até à
altura, que caso não saiba, eram de varias cores e tamanhos. Havia-os com vestes
vermelhas, verdes, lilás e até de peles, eram gordos, magros e os assim e
assim, e com figurinos com pele dos 5 continentes.
A imagem de um velho simpático, bonacheirão, barrigudo, de barbas
brancas simbolizava para as crianças da época a bondade, o saber, a experiência, a tolerância e de tudo o mais que se esperava de um avô
"querido e fofo".
No entanto, o tempo encarrega-se de aprimorar os valores, alteram-se os hábitos,
tendências e modas, e com isso as percepções e os significados dos símbolos
passam de in para out.
Em relação ao Pai Natal, eu bem já tinha notado algo, primeiro do meu pai
que em tempos comentou "com as faces e nariz tão vermelho deve beber
tanta Coca-Cola como eu" e depois pelo comportamento da minha sobrinha
que quando criança berrava que nem uma desalmada quando via um e lhe chamava “Homem mau”.
De facto as novas gerações já não vêem o mesmo Pai Natal que eu vi quando
era criança que me fazia lembrar o meu avô.
Hoje um avô contemporâneo tem preocupações com
a obesidade e já frequenta ginásios ou veste uns calções de
licra para praticar BTT; é defensor e amigo dos animais e não explora as renas; tem preocupações ambientais e de forma alguma iria montar uma indústria de
brinquedos em pleno Polo Norte.
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