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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sou Ateu, graças a Deus.

Converti-me ao ateísmo porque sou de facto ateu.
 
E afirmo-o não com orgulho, como o Sr. Dr. Mário Soares, como se isso represente algo de superior, por não estar sujeito ou subjugado a qualquer crença que não seja a liberdade de pensamento.

Fui como quase toda a gente que me rodeia baptizado e casado pela igreja, educado no seio de uma família católica, com uma pratica q.b.
 
No entanto, talvez por ter sido sempre um pouco rebelde e do contra, nunca levei a questão muito a sério e com o tempo as muitas certezas que me tentaram impor tornaram-se em dúvidas, muito duvidosas.

Francamente tenho pena em não acreditar e praticar uma religião, porque se assim fosse seria com certeza muito mais livre de dizer e fazer algumas maldades a certas alminhas que gravitam no meu universo.

Tenho alguma inveja dos que acreditam e que utilizam a religião como um caminho e uma protecção das suas condutas diárias.
Não vejo nisso nenhuma falsidade, se acreditam é porque alguma razão têm para isso.

O facto de acreditarem que há alguém ou algo superior que os vai perdoar, nem que seja a troco de pesadas penitencias, permite sem dúvida, uma maior liberdade de errar ou de fazer mal, mesmo que o façam conscientemente, porque sabem, mesmo que inconscientemente, que tem a almofada da sua crença.
O justificar os imponderáveis como uma vontade de Deus também reconforta.

Só por esta razão de ideias é que consigo compreender certos actos, atitudes e comportamentos de certos indivíduos. Não tivessem eles uma certa anuência e o perdão da religião com certeza teriam outra postura e outro tipo de comportamento perante os seus semelhantes. 

Note-se que não há conhecimento de nenhum mafioso ateu, todos os mafiosos que se prezam são muito crentes em Deus.

Resumindo, pura e simplesmente não acredito que haja algo para além da morte, tenho a certeza que irei para o mesmo lugar de onde vim, para nenhures.
Por isso concordo com quem escreveu que "a religião é um estratégia para fingir que a morte não existe" e por isso, digo eu, os julgamentos devem ser feitos em vida e pelos vivos.

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