Mesmo que a uma longa distancia as tecnologias de informação fazem-nos parecer
estar em casa, não fosse estar num quarto de hotel e a luz do dia por aqui não
ter a mesma luminosidade.
Entre as notícias dos jornais da Bairrada que ditam o encerramento da
Repartição da Finanças e da EPVL, recebi um mail do meu primo com algumas coscuvilhices.
E pelos vistos está para muito breve uma decisão sobre a Fundação do
Buçaco.
Segundo fonte bem posicionada, ou seja o meu primo Zé Lérias, já existe uma
decisão, embora não saiba qual, mas que vai passar por uma das situações:
- Nomeação de um presidente, em principio em regime de part-time para que
possa acumular o cargo com outras funções;
- Ou pura e simplesmente a solicitação de extinção da Fundação, alegando
incumprimento da parte do governo central nas obrigações assumidas na
constituição da fundação.
A demora no processo, provocado em grande parte com o pedido de demissão do
actual presidente da Fundação, consta que tem a ver com a demora na resposta
aos pedidos de informação e de parecer feitos aos serviços centrais e restantes
entidades envolvidas.
Seja qual for a decisão final, tudo aponta para uma solução que altere o
figurino da gestão da mata do Buçaco e (no meu ponto de vista é para) de alguma
forma disfarçar o facto de o actual executivo camarário (e o
conselheiro para as nomeações) não conseguir encontrar alguém disponível e altura
do actual presidente da Fundação.
O Eng. António Franco, embora criticado por alguns saudosistas
que sempre viram o Buçaco como uma coutada privada, conseguiu com
escassos meios e em pouco tempo, que a mata do Buçaco fosse falada,
divulgado e assim valorizado, e o mais importante foi ter conseguido envolver a
comunidade quer individualmente quer colectivamente, na participação das varias
actividades e na participação voluntária na recuperação e manutenção da mata.
Não sei se nalgumas coisas fez bem ou mal, o que sei é que fez, e
notoriamente criou uma visibilidade sobre a mata do Buçaco que não tinha.
Não adianta termos um tesouro se não for devidamente dado a conhecer.
No meio de toda esta salganhada tenho umas dúvidas que me apoquentam há
muito:
Por que razão o Eng. António Franco solicitou a demissão? Para não correr o
risco de lhe acontecer algo parecido com o saneamento da Dra. Filomena
Pinheiro? Será que tinha alguma informação de que isso poderia acontecer e não
quis dar o prazer ao Dr. Rui Marqueiro de o demitir?
Todas estas divergências, desencontros, inimizades, conflitos são só
diferenças de opinião?
Não me parece. Há aqui qualquer coisa que me está a escapar.
Sem comentários:
Enviar um comentário