Ontem festejamos em família mais um aniversário de um dos cotas. Uma autentica confusão o convivido que incluiu grande parte do clã e reuniu no mesmo espaço, o mais pequeno que mal sabe andar, ao mais velho que já mal se aguenta das canetas; gritos das crianças na brincadeira e gritos dos velhos, surdos que nem portas; correrias dos garotos a contracenar com a falta de mobilidade dos mais velhos.
São daqueles momentos que dão para aferir as discrepâncias de idades, onde uns estão a começar e outros estão acabar a caminhada da vida, onde os velhos contam historias antigas, os novos contam os seus sonhos e eu no meio, contento-me a ouvir.
Chego ao fim da festa exausto, mas satisfeito pelo convívio e pela celebração de mais um aniversário de um ente querido e enxuto, que diz todos os anos, não sei se estou cá para o ano.
A próxima aniversariante da família é a minha sobrinha em idade pós adolescência com quem aproveitei para falar e perceber os seus sonhos. Não são muito diferentes daqueles que a juventude do meu tempo tinha. Viajar conhecer o mundo e novas culturas.
Só que no meu tempo sonhava em fazê-lo de mota com o cabelo ao vento (ainda não era obrigatório o capacete) ou num inter rail. Hoje os jovens são mais práticos, viajam pelo mundo virtual e os mais aventureiros enfiam-se num desses voos low cost, que ficam mais baratos do que ir para o Algarve de comboio.
No entanto a minha sobrinha segredo-me que nestes dias mais próximos não pensa em sair de casa, por causa de uma borbulha que nasceu-lhe na testa e que ela disfarça a todo custo com um penteado arrojado.
Talvez lhe ofereça no dia de anos uma bisnaga de clearasil.
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