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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Dia cinzento

Acordei cedo e como o dia, vestido de um sol radioso e temperatura amena tipica deste jardim à beira mar.
Só nao aprecia o nosso clima quem nunca de cá saiu.

Saio de casa com muito boa disposição tal qual o dia prometia.

Encontro o meu amigo Tó Zé à porta de casa amuado e de partida para os HUC, onde amanhã vai ser intervencionado a um problema que o afecta à mais de um ano. Na ultima conversa que tivemos na semana passada estava revoltado pelo facto de nunca mais ser chamado para a dita intervenção e agora estava receoso e arrependido de ter feito tanta pressão, porque afinal as dores nao eram assim tao fortes e se calhar havia muito boa gente com doenças mais urgentes.

Rumo ao centro da capital do concelho e passo por alguns cartazes que anunciam os candidatos à camara municipal e juntas freguesia. Algumas das caras deviam ser retiradas das vias publicas porque metem medo ao susto.

Entro na CGD e tenho cinco ou seis pessoas à minha frente à espera de serem atendidas. Nenhuma corresponde ao meu sonoro "bom dia", tal como os funcionarios estão com cara de poucos amigos e muito sizudos. Só faltava o caixão para completar uma cena funebre.

Despachado dos assuntos bancarios, atravesso a rua para sentar-me na esplanada para aproveitar o sol, tomar um cafe e ler o JN da casa. Ao fim da quinta pagina desisto de ler tanta desgraça e começo a tremer de frio.

O dia para mim a modos que começou a ficar cinzento.

Vim para casa e apanhei um valente susto, quando tive que parar para ceder a passagem a outra viatura, e fiquei a dois metros do cartaz do Bloco de Esquerda.

QUEREDO quem são aquelas almas?

Estou em casa à espera que o ansiolítico faça efeito e sem vontade de sair nos proximos dias.

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