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sábado, 22 de junho de 2013

Os Eleitos (III)





A organização da qual sou dirigente já foi visitada pelos dois candidatos que andam em campanha eleitoral, embora eles digam que se tratam de reuniões de trabalho para recolherem informações para os seus planos de acção. Sabem muito!!

Com o Dr. Rui Marqueiro estivemos reunidos pouco depois de ter escrito o primeiro post sobre esta saga e mais recentemente coube a vez de reunir com o novato Gonçalo Louzada.

Nestas reuniões que basicamente se resumem ao óbvio, uns a queixarem-se das dificuldades, os outros a tomarem notas e a prometerem que se forem eleitos irão tentar resolver os problemas. Mas também houve tempo para abordar outros assuntos e deu para ficar com uma ideia dos objectivos dos dois candidatos.

E foi por causa da ideia com que fiquei dos objectivos do Gonçalo Louzada que resolvi escrever este breve post na tentativa de o ajudar.
Aqui vai:

Meu caro amigo Gonçalo (espero que não leve a mal este tipo de intimidade) como já deve ter reparado, sou uma pessoa muito entendida sobre politiquice concelhia e tenho a melhor assessoria do meu primo Zé Lérias, pelo que deve ter em atenção os meus conselhos.

Meu caro, não sei se anda distraído, mas está a candidatar-se a um lugar politico, mais precisamente a presidente da Câmara Municipal da Mealhada. Ou seja, não se trata de lugar para CEO de uma multinacional e muito menos para Presidente do Instituto do Emprego.

Essa sua mania de só pensar em atrair empresas para o concelho e de criar incubadoras de empreendedores e/ou de empresas, assusta os eleitores. Esse palavreado cheira a trabalho e o pessoal nunca esteve nem está para ai virado. 

Eu sei que são vícios de gestão e que acha fundamental criar postos de trabalho, criar riqueza, produtividade, empreendedorismo e blá blá blá blá blá..... 

Mas tome nota: para o lugar para que se está a candidatar isso não interessa para nada.

Andar para ai a dizer e a escrever que quer atrair empresas, que vai criar incubadoras de empresas e outras coisas tais, é claramente uma má opção e está a pôr o meu primo Zé Lérias com os cabelos em pé.

Meu caro amigo, siga o meu conselho não prometa coisas que impliquem dar trabalho ao pessoal. Ao fim ao cabo é complicar uma coisa que tem sido  até agora bastante simples e parece-me que das duas uma, ou está a ser mal aconselhado ou meteu-se nisto sem a fazer o trabalho de casa.

O pessoal que concorre para este tipo de funções só tem que ter ideias em como gastar o graveto e não em como se o arranja.

O meu amigo só tem que saber quais são as receitas do negocio autárquico, ou seja quanto é que ´Zé Povo" arrota em impostos municipais (IMs, IRS, etc.) depois é subtrair o valor para as despesas correntes, tipo agua, luz, telefone, mulher a dias, etc. e o resto é para estoirar de preferência em coisas que o pessoal aprecie.

Nada mais fácil. Mas atenção não gastar mais do que aquilo que receber e se puder guardar algum para alguma emergência fica sempre bem e sempre dá para aparecer bem classificado naqueles rankings anuais.

Siga o meu conselho e apague os vestígios dessas promessas parvas, mande notas à imprensa a desmentir e passe a informação de que são bocas da oposição ou se achar preferível diga que foi fruto de um desvario provocado por um medicamento halogeno.
Ponha os olhos no seu adversário, a praticamente 4 meses do dia D e já prometeu duplicar as verbas para a cultura. Veja lá se está preocupado com as receitas. Isso é coisa para o Gaspar ou para quem o venha substituir.

Não se fique atrás e se eu fosse o meu amigo prometia melhor ou seja prometa que se for eleito irá promover além dos actuais festejos de Carnaval (inverno e verão) que também se organize o Carnaval na primavera e no outono.

Vai ver que ele para a próxima vai pensar duas vezes antes de fazer outra promessa.

Sempre ao se dispor e se precisar de mais dicas não se iniba.

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