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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A falta de bom senso

Bom senso é para mim uma das principais, para não dizer a principal faculdade humana no bom relacionamento entre pessoas e que se encontra hoje em dia, infelizmente, bastante em falta na sociedade em geral e nomeadamente no actual contexto social e político.

Estar disponível, saber ouvir, ir ao encontro das expectativas dos outros  dar o exemplo, enfim ter bom senso, é o mínimo que se pode exigir a todos e nomeadamente aqueles que tem o poder de decidir.

De facto, penso que deveria haver nos currículos escolares uma disciplina sobre o bom senso, pois, se assim fosse, certamente não veríamos certos espectáculos diários e o país não estava no estado em que está.
Sim porque o que tem faltado é o bom senso.

E já não nos chega os tristes espectáculos dos artistas instalados nos palácios de Belém, de S. Bento, do Largo do Rato, etc., etc., temos que gramar com os maus espectáculos dos artistas concelhios.

Começo pela agregação (União) das freguesias da Mealhada, Antes e Ventosa do Bairro que tanta dor de cabeça deu a certas almas pensantes e originou tantos discursos inflamados e promessas difíceis de serem cumpridas. Todos os partidos concelhios, sem excepção,  uniram-se contra a lei e tudo foi prometido, escrito e deliberado, no sentido de se manterem as identidades das freguesias e das suas gentes.

Resultado das eleições: na freguesia da Antes e Ventosa do Bairro ganha o PS e na maior das três freguesias ganha o PSD e companhia. Na totalidade dos votos o PS tem uma vantagem de 49 votos.

Quando se esperava bom senso e que todos os eleitos dessem uma prova de união, no sentido de passarem para a rua a ideia que iriam juntos lutar pela desagregação das freguesias, resolvem cozinhar acordos só para satisfazerem ego pessoais e clubites partidárias, como se estivessem a tratar de assuntos de futebol.
Quem é que ficou a ganhar? As pessoas não foram com certeza e o bom senso muito menos.

E acabo com a noticia hoje publicada no Jornal da Bairrada sobre o caso do impedimento do regresso ao local de trabalho da ex vice-presidente Dr. Filomena.

Este caso é tão caricato e levanta tantas dúvidas que dez episódios do CSI não chegavam para o desvendar.

Começo logo com a minha grande dúvida e ao mesmo tempo perplexidade. Onde andam os nossos órgãos de informação concelhios? A Rádio Clube da Pampilhosa parece que se converteu à IURD e o Jornal da Mealhada converteu-se a quê? Sim deve-se ter convertido a outra religião qualquer, porque não parece que a sua função seja jornalismo ou seja de informar o que se passa cá pelo concelho.

Quando na terça-feira de tarde soube da nomeação do Sr. Dr. Nuno Canilho para director da Escola Profissional e quando todos se congratulavam pela escolha, fiquei com aquela sensação que havia ali qualquer coisa que não encaixava muito bem.

Senão vejamos, porquê de tanta pressa para a nomeação do director da EPVL?

O presidente da Fundação do Buçaco tornou publico à meses a sua intenção de abandonar o cargo e desde a tomada de posse do novo executivo até hoje ainda não foi substituído.

Por que carga de água é que o Dr. Rui Marqueiro toma posse na segunda-feira (só deve ter começado funções da parte da tarde) e logo no dia seguinte de manhã vai dar posse ao novo director?
Foi tudo combinado e acertado naquele espaço de tempo? O assunto era tão urgente que não pudesse esperar mais dois dias para ser abordado na primeira reunião do executivo como foi o da Fundação do Buçaco?
Porquê de tanta preocupação do Dr. Rui Marqueiro em dar instruções para EPVL, ainda antes de tomar posse, no sentido de impedir que a Dra Filomena retomasse o lugar que deixou antes de ir exercer funções na autarquia?
O Dr. Rui Marqueiro representa o município que é o sócio maioritário da EPVL e qual é o papel que desempenha o representante do outro sócio que é a Caixa Agrícola? E no meio desta salganhada toda, qual é o papel do ex e do actual director? A gestão do pessoal da escola não é função do director? Ou a função do director é ser ajudante de campo dos presidentes da câmara e da CA?

Quanto mais me debruço sobre o assunto, mais duvidas tenho.
E algumas bem perigosas.

De uma coisa tenho a certeza, falta de bom senso é o que tem faltado nesta e noutras situações que espero ter oportunidade de aqui abordar.



PS: Uma ultima nota para corrigir o Professor Cabral quando afirma que o que se está a passar é próprio de uma ideologia de extrema-direita. Meu caro professor o que se está a passar, é, e sempre foi próprio de ideologias de esquerda quando estão no poder.

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