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terça-feira, 22 de setembro de 2015

A minha ideia para dinamizar a economia da Vila do Luso

Foto gamada daqui
Tenho andado desligado das problemáticas da nossa terra. Não tem sido por falta de assunto, porque assunto é o que não falta aqui pela parvónia.
Assim de repente, podia falar sobre a obra inacabada do centro da Mealhada, ou da contratação para a sede do município de um segurança, não sendo explicito se é para controlar os funcionários da autarquia ou se para controlar os utentes, ou da municipalização da educação, ou da grande afluência registada na Assembleia-Geral da Associação do Carnaval, ou do êxito do Festival de Samba, ou sobre muita e muita coisa que vai acontecendo por aqui.

Mas hoje vou debruçar-me sobre um assunto que me é caro e diz respeito à dinamização da economia da vila do Luso.
No passado dia 20 de Julho, a digníssima Vereação do município da Mealhada, aprovou um programa de apoio ao termalismo clássico em parceria com a Maló Clinic e para o efeito disponibilizou para o que sobra do corrente ano a simpática verba de 63.000,00€.
Este tipo esquema, que de resto é muito utilizado por todas organizações públicas que vivem dos nossos impostos, prova a minha teoria, de que aparentemente existe alguma dificuldade dos dirigentes em ter ideias para gastar os recursos que lhes caem nos cofres sem grande esforço.

O programa em apreço, promovido pela Camara da Mealhada estipula que qualquer pessoa que tenha uma prescrição médica do SNS, não importa que seja rico ou pobre, é subsidiado até 90,00 euros, nos tratamentos termais que tenham uma duração mínima de 6 dias e sejam ministrados nas termas do Luso que são exploradas pela Maló Clinic.
Segundo o documento que foi aprovado por unanimidade, o propósito é o de tentar travar a diminuição da procura dos tratamentos termais e as consequentes repercussões na economia local. Ou seja para dinamizar a economia local, neste caso do Luso, a camara municipal resolve subsidiar um serviço que é prestado por uma empresa privada.

Como sou um adepto incondicional do mercado livre e da livre concorrência, a utilização de recursos públicos para subsidiar serviços prestados por privados provoca-me uma certa urticária.

Mas, meus caros amigos e génios do executivo camarário da Mealhada, se de facto a intenção é a de dinamizar a economia do Luso e não beneficiar a empresa Maló Clinic, existem outras maneiras com efeitos mais rápidos, não menos importantes para a saúde pública e muito mais abrangentes.

Querem que vos dê um exemplo?
Porque não, subsidiar as atividades promovidas pelas senhoras que se encontram nas bermas da estrada para o Luso?
Imaginem na repercussão que tal apoio podia ter no tecido económico do Luso e arredores.
Imaginem que um individuo com necessidade de dar uma cambalhota, passava pela camara municipal para levantar vouchers no valor de 90,00€ só transacionáveis em estabelecimentos comerciais do Luso.
A caminho do Luso escolheria uma senhora, que a levaria a almoçar ou jantar num dos restaurantes, sem antes lhe comprar uma flor na florista e passar pela farmácia para comprar umas camisas, enquanto ela de fugida se aperaltava no cabeleireiro. Depois do repasto provavelmente dariam um passeio e apreciariam as montras do vasto comercio do Luso e talvez depois de beberem um copo numa das deslumbrantes esplanadas, acabariam a dar umas valentes cambalhotes num dos hotéis ou se os vouchers já não chegassem numa das residenciais.
Imaginem nas repercussões na economia local, nas melhorias das condições de trabalho e do serviço prestado pelas ditas senhoras, com claros reflexos na saúde e bem-estar dos clientes.

E para terminar deixo aqui um repto. Quando tiverem dificuldade em saber onde gastar o dinheiro e quiserem dinamizar a economia de outra localidade do concelho abram um concurso de ideias.

Estarei sempre disponível para colaborar.

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