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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Produzir pessoas é caro.

Miss Venezuelana
Em 2013 a produção de crianças em Portugal ficou-se pelas 80.000 unidades, muito abaixo das necessárias 120.000, para se manter o patamar dos 10.000 milhões de portugas.

Neste andamento, o nosso espectro demográfico vai fazer com que se tenha a médio prazo, converter os agrupamentos escolares em lares para terceira idade.

É certo que esta falta de produção de pessoas, tem e vai ter repercussões em vários aspectos da nossa actual e futura sociedade, mas o mais preocupante, para a minha pessoa, é a sustentabilidade da segurança social.

É que estou mesmo a ver que, com a sorte que tenho, quando chegar à minha a hora de meter os papéis, que deve ser para aí aos 70 anos, não há  pessoal suficiente para contribuir para a minha previsível miséria de reforma.

Mas afinal, porque é que em certas zonas do globo se produz pessoas em barda e para os nossos lados a produção é tão deficitária?

Será do clima? Do tamanho das camas de casal? Do tamanho dos órgãos sexuais? Do tipo de sêmen?

Como é uma temática que me preocupa e pode vir afectar os meus rendimentos futuros, fui tentar perceber as causas da falta de produção de pessoas em Portugal.
Após a consulta de vários estudos, relatórios, teses produzidas a nível nacional e internacional, penso ter detectado a raiz do problema:

- Produzir pessoas em Portugal é muito caro.

Segundo dados recentes, em Portugal produzir uma pessoa fica na ordem de 160,000€.
Ou seja, desde a concepção até começar a trabalhar, que se quer que aconteça por volta dos 25 anos depois de formada, em média, uma pessoa custa aos progenitores e ao estado, repito, 160,000€.

É uma pipa de massa. A título de exemplo dá para comprar um Porsche, atestar o depósito e dar à chave. Com a vantagem de não precisar de mamar, de mudar as fraldas e sem birras nem cólicas.

Em contra partida, por exemplo na Venezuela o custo de produzir uma pessoa custa em média 15,000€.
A diferença de valores tem a ver com as diferenças nas condições disponibilizadas na saúde, educação e também porque em média começam a produzir mais cedo, ou seja em países ditos menos desenvolvidos, é normal começar-se a trabalhar mais cedo, nalguns casos em plena adolescência.

Conclusões:
- A mãe natureza deslocalizou a produção de pessoas para locais onde a mão-de-obra é claramente mais barata.
- Sai mais barato produzir uma gaja boa na Venezuela do que uma fraca em Portugal.


Sugestões?

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