Hoje
enquanto tomava banho ocorreu-me uma inquietação, que no meu caso
é periódica.
Será
que a minha avó que está no céu (era muito boa pessoa), me estará a ver?
Bom,
não me incomoda que a minha avó me veja nu, é da família, mas será
que todos aqueles que morreram e foram para o céu estarão debruçados nos
beirais celestiais a verem o que o pessoal cá por baixo anda a fazer?
Eu por
acaso estava a tomar banho mas há alturas que pratico certas actividades de que
gosto da máxima privacidade. A minha performance fica
comprometida se me sentir vigiado.
Embora
tenha procurado por tudo o que é Google, não encontrei uma resposta que me
satisfaça. Partindo do princípio que a teoria que praticamos está certa, quando
morrermos, (em principio e se tivermos o registo criminal limpo) abalamos para
o céu.
E
depois?
Como é
que aquilo será?
Preocupa-me
o facto de tantos crânios a tentarem descobrir curas para tudo e mais
alguma coisa, a preocuparem-se em descobrir vida em Marte e nenhum se preocupa
em saber como é que é aquilo lá no céu. Mas que raio, já imaginaram a
quantidade de gente que para lá foi e até agora ninguém mandou recado e ninguém
se preocupa em saber se estão bem.
Será
que um gajo anda por aqui a portar-se bem, para garantir lá um lugar e depois
chega lá e aquilo é uma seca.
Não sei
se estão a ver bem a coisa. Nós aqui por baixo, com um bocado de sorte podemos
chegar aos 100 anos. Mas quando partimos lá para cima, meus amigos, não é para
lá estar 100 anos, é para a eternidade ou seja a coisa nunca mais acaba. E
pelos vistos temos que andar sempre aprumadinhos e certinhos porque o chefe não
autoriza baldas.
À pois
e se lá não houver televisão por cabo? e se não houver internet? e facebook
haverá? será que um gajo lá pode dormir acompanhado? e seremos obrigados
andar vestidos todos de branco? e o que se come? que língua ou dialeto se
fala lá em cima? como será o clima? será que está por lá toda a gente que
quinou desde a pré-história? se estiverem deve ser uma grande confusão. Só
espero não me cruzar com o D. Afonso Henriques, o nosso primeiro rei, porque
lhe terei que dizer umas verdades.
Se me
preocupa o facto de os que para lá foram nada dizerem, mais me inquieta o facto
dos que por cá andam nada fazerem para esclarecer estas minhas dúvidas.
Amanhã
vou mandar um mail ao Francisco.
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