Como toda a gente tem opiniões
sobre a subsidiação das escolas particulares e como de momento não tenho mais nada
para fazer, também vou (ou não) opinar sobre o assunto.
Antes de mais, a minha declaração
de interesse: Nunca frequentei nenhuma escola ou instituição particular subsidiada
pelo estado e mesmo que o tivesse feito ninguém tinha nada com isso.
Antes de dar a minha singela
opinião gostaria de levantar algumas questões.
Nesta matéria como em muitas
outras, quando é que o nosso Estado começa a ser uma pessoa de bem e começa a
funcionar com uma previsibilidade a médio e a longo prazo? Ou seja quando é que
resolvem deixar de reverter e/ou alterar as políticas cada vez que existe um
governo novo ou um novo ministro, sem um prévio e ponderado debate?
Porque é que em locais/zonas onde
existem colégios particulares subsidiados e escolas públicas, a maioria dos
encarregados de educação opta pelas primeiras? Porque é que os filhos de muitos
professores do ensino público frequentam escolas particulares?
A medida de acabar com os
contratos de associação avançava se não tivesse o prévio acordo do ministro
sombra da FENPROF o ilustre Mário Nogueira?
Tendo em consideração as despesas
em causa por aluno/turma, o estado vai poupar com a medida? Ou trata-se de uma
medida com pendor meramente politica/ideológica?
Resolvida a questão com as
escolas particulares, também vão avançar para outros tipos de estabelecimento de ensino privados como as Escolas Profissionais que funcionam unicamente com subsídios públicos?
E claro, podemos ficar pela
questão que a muitos inquieta.
É justo o Estado (ou seja os
contribuintes) contribuir para o ensino privado em locais onde existem escolas públicas?
Não. Não concordo. Embora seja um
neoliberal convicto, entendo que certas áreas deviam ser só de domínio e de
responsabilidade do estado e mete-me uma certa confusão a utilização de
dinheiros dos contribuintes em negócios de privados, como o caso das termas do Luso que aqui escrevi.
Mas já agora e por uma questão de
coerência, gostava que a preocupação de subsidiação de privados com dinheiros públicos
não se ficasse pela educação.
Por exemplo, porque é que os funcionários
públicos beneficiários da ADESE são comparticipados quase na totalidade nas
despesas médicas no sector privado, quando existe um Serviço Nacional de Saúde?
Sem comentários:
Enviar um comentário