O assunto do momento tem sido a alegada existência de uma
lista na Autoridade Tributária de personalidades VIP e que tem originado
processos disciplinares sobre os funcionários que lá vão espreitar sem aparente
motivo válido, que não seja praticar o desporto nacional preferido de qualquer
português que se preze – a coscuvilhice.
Sou franco não vejo razão para tanto alarido e tanto quanto
sei é uma regra básica, praticada em variadas empresas na gestão de base de
dados dos seus cliente e/ou utentes.
È pratica corrente no sector bancário, nas telecomunicações,
transportes, saúde, etc. Claro está que no sector publico, nesta como em outras
matérias, o pessoal esta muito mal habituado.
Ao contrario das vozes correntes, o que gostaria de saber era que justificação que tais almas alegam, para que
durante o horário de expediente, percam tempo em consultas de dados de certos
contribuintes ditos figuras publicas.
Eu por exemplo, que penso não estar incluído na dita lista,
já andava há muito desconfiado que alguém andava a bisbilhotar a minha ficha
das Finanças. E hoje fiquei com a certeza absoluta, e mais tenho a certeza que
certas informações andam a ser passadas a uma taróloga.
Se não vejamos.
A semana passada li numa revista a previsão para esta semana
do meu horoscopo que em matéria de economia dizia qualquer coisa do género: em matéria de gastos, seja cauteloso porque
durante a semana que se avizinha vai receber uma despesa inesperada. E não
é que acabo de receber uma notificação da AT com uma pipa de massa para pagar.
E ninguém me venha com a conversa de coincidências.
E ninguém me venha com a conversa de coincidências.
Penso que todos teríamos a ganhar, se tudo fosse às claras e
tudo estivesse disponível para ser consultado por quem tivesse a necessidade de
saciar a curiosidade.
Uma verdadeira sociedade big brother:
Assim, sempre poderia saber onde é que o meu vizinho foi
arranjar a massa para comprar um novo carro, e quanto é que a minha cabeleireira
e o meu mecânico declaram às finanças.
Também seria engraçado por exemplo, ter acesso às notas das
consultas de ginecologia da Dra Manuela Ferreira, ou ser publico qual o medico
que fez o exame à próstata ao Dr Paulo
Portas.
Enfim coisas do genero e que realmente são do interesse da coscuvilhice pública.
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