É cíclico e muito propício em alturas de crise.
O negócio, ou melhor a aldrabice, designado pela bolha ou bola, é
geralmente apresentado como uma forma de mutualismo, em que se é convidado a
entrar com uma quota e a angariar subscritores, com a promessa de altos
rendimentos sem grande esforço.
Não conheço nenhum negócio que gere tão grandes mais-valias, a não ser os
ilegais, como por exemplo tráfico de drogas e prostituição.
O esquema que é apresentado de diversas formas, não passa de um jogo, que
como em qualquer jogo tem vencedores e perdedores, e que basicamente consiste
no seguinte:
Cada pessoa paga para entrar e arranja mais dois patos
para participar. Cada um desses faz entrar mais dois, e cada um desses quatro
convence mais dois. Os oito da terceira rodada pagam a entrada ao primeiro que
ganha oito vezes o dinheiro com que entrou. O esquema apenas passa dinheiro de
uns para os outros e só dá lucro aos que lá estão enquanto entrar mais gente.
Os últimos pagam a conta. A questão é que os últimos, se não conseguirem arranjar outras duas
pessoas, perdem automaticamente o dinheiro, ciclo termina e a coisa
estoira.
A génese do esquema em pirâmide resume-se a obter altos rendimentos
sem nada produzir, enganando as pessoas com a sua própria ganancia.
Embora noutra dimensão, o esquema é muito parecido com a bolha do imobiliário
que muito contribuiu para actual crise em que hoje estamos atulhados e que foi
promovida pelo sistema financeiro controlado pelos maiores bancos mundiais.
É preocupante que ainda haja muito boa gente que não aprendeu a lição.
Hoje fui convidado a entrar num destes esquemas por uma pessoa que é nada
mais nada menos que professora primária e que se fazia acompanhar por uma
colega de profissão, que dizia já ter ganho 8.000€ com o negócio.
A questão que se me levanta é:
- Será que estas almas incutem nas crianças que educam a noção de que
podem ter uma rica vida sem nada produzirem?
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