Gamada aqui. |
Não sou, nem nunca fui um grande amante da mata do Buçaco. Muito menos dos
que a apelidam de um paraíso na terra.
Para mim e para o meu reumatologista, é um local pouco recomendado, tem um
micro clima tramado, muito fresco e húmido, o que mexe muito com a minha
fibromialgia.
Se na questão lúdica estamos falados, no ponto de vista
cientifico a mata também não me desperta grande interesse.
Entre ir apreciar uma espécie vegetal, ou uma espécie animal, ou arte
sacra, ou uma mini com um pires de tremoços numa esplanada solarenga, opto
claramente pela ultima hipótese.
Enfim sou de uma geração rasca.
No entanto como um ferrenho filho da terra Mealhadense, alem fronteiras sou
um acérrimo defensor do património da mata e sempre que me
é oportuno, aconselho aos forasteiros uma visita à mata do Buçaco.
Posta esta minha nota previa, vou ao que aqui me trouxe.
Recentemente, à coisa de mais ou menos de dois meses, num daqueles fins-de-semana
invernosos e muito chuvosos, fui dar uma volta de carro e calhou passar
pela mata do Buçaco.
Faltavam poucos minutos para as 17 horas, por isso ainda me foi cobrado a
taxa de portagem (não cheguei bem a perceber para quê).
Embora não tenha saído do carro, deu para verificar um panorama
desolador e digno de um cenário de um filme fantasmagórico.
Muito recentemente recebi de um dos amantes da mata, uma mensagem que me
remetia para um álbum de fotos, que registam o estado em que ainda se
encontra e que demonstram que pouco ou nada se fez no sentido de pelo menos
tornar a mata mais apresentável e agradável a quem a visita.
Na minha singela opinião, a principal causa da situação é o facto de só
haver eleições de 4 em 4 anos.
Tenho a certeza que se houvesse eleições todos os anos a mata estaria um
brinco.
Tenho presente que antes das eleições municipais era um corrupio de malta voluntária para recuperar a mata.
Hoje parece-me que as jotas, deputados, candidatos e candidatas
politicas e companhia, Lda, só lá foram com o propósito de calçarem umas luvas,
pegar nuns ramos e tirar umas fotos para postarem no facebook.
Como bons políticos e afins, deixaram o trabalho a meio e
rapidamente se esqueceram do estado em que a mata se encontra.
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